Fé crente e descrente sem fé

A fé e a descrença eram amigas íntimas, mas brigavam muito e discordavam sempre. A fé era positiva, designada e muito religiosa. A descrença, por sua vez, era desconfiada, pessimista e andava sempre cabisbaixa. Por mais que a fé tentasse animá-la, a descrença refutava a todos os argumentos de persuasão de sua amiga fé.

Certo dia, a fé e a descrença saíram para passear, e no caminho elas brigaram e a descrença chamou a amiga fé, de falsa. A fé saiu correndo e chorando, e ao atravessar a rua fora atropelada por um carro. A descrença desesperada correu para acudir a fé ensangüentada. Ela a pegou em seus braços e em prantos pediu à amiga:

- TENHA FÉ.

E a fé desfalecida disse à descrença:

- A minha fé está morrendo, vou precisar da sua.