ÁGUAS REVOLTAS

Ahh, essas águas revoltas, que o mar, bravio,

De propósito, às usa para tirar de si, de dentro para fora

De seu agitado ser, o que, de indesejável lhes é...

Empilha tudo na praia o que lhes é de inútil e de fútil que,

Acaso, encontre-se perdido à deriva

Em náufragos tantos...

Há de se pensar, no entanto, que,

Os náufragos, agindo com calma

Abraçam a praia, basta não se desesperar,

Na ânsia e náusea de se querer salvar-se,

Pois o mar, ele mesmo se encarrega

De colocá-los a salvo em terra firme,

Basta agarrar-se em suas ondas

E não se beber de suas águas...

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 14/08/2009
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