Solidão
Solidão que vem chegando de mansinho na vida,
Que vai se infiltrando nos pensamentos,
Em todo ser,
Sem que se perceba.
Quando você está chegando,
Às vezes senti-se uma melancolia tão grande.
Mas, pensa-se,
Isso deve ser somente um momento ruim,
Logo passa.
Mas, que ledo engano,
A sensação ruim não passa,
Pelo contrário só aumenta.
Nestes momentos que você está chegando,
Deveria ter um alerta dentro de cada pessoa,
Dizendo,
Mude... Mude...
Fuja... fuja...
Enquanto é tempo,
Enquanto se pode.
Cuidado!
A solidão está aí.
Vai lhe agarrar como se fosse uma segunda pele.
Quando você já está instalada dentro do ser,
Dentro da alma,
È quase impossível libertar-se,
Pois por mais que se lute,
Você teima em ficar,
Em continuar.
Então começa uma batalha quase desigual dentro do coração.
Que muita vezes machuca,
Feri muito.
Alguns por não agüentarem desistem e se vão ao do meio do caminho.
Tantos por não compreenderem perguntam o motivo.
Mas, só que sofre como a solidão é que podem explicá-la.
Muitas das vezes não conseguem fazerem-se entendidos,
Porque você dói muito,
Você machuca mais ainda.
Ah! Solidão,
Por isso é que todo ser,
Todo corpo grita por socorro,
Por ajuda.
Mais é como se ninguém ouvisse esse apelo mudo...
Por mais que os olhos peçam, suplicam não conseguem ser entendido,
Nestes momentos se sente que está muito só.
Senti-se abandonado,
Excluído.
Sente-se que se vive à margem da vida.
Que não faz mais parte de nada,
Só se sabe que faz parte de coisa nenhuma...
Ah! Solidão,
Que fazer para libertar,
Para se sentir livre,
Solto,
Para que se possa viver?
Viver uma vida onde se sabe que se faz parte de um todo.
Que se é livre, livre pela alegria e o prazer de viver.
Lucimar Alves