O TRONCO DESCE O RIO

“Soninha Porto: Amado, confesso que ainda não li teu livro, mas fiz uma citação dele no programa que faço semanalmente na rádio Web da Gente, sexta entre 20h e 20h30min estará no ar, espero que gostes. Beijos.

– em depoimento pelo Orkut, em 12Ago2009, 00h20min.”

http://www.radiowebdagente.com.br/index1.html

Amadinha! Espero que estejas bem e em paz!

Tentei acessar a rádio, mas ela está com problemas de servidor, portanto, fora do ar... De qualquer modo, agradeço toda e qualquer referência à minha literatura, às minhas experimentações com as palavrinhas.

Não tenhas pressa, o meu OVO DE COLOMBO, poesia, publicado em 2005, não é um livro pra ser lido de chofre, e, sim bebido vagarosamente, porque detrás de cada palavra existem outras. Utilizo muito o sentido conotativo. E o temário é muito variado.

É nisto que dá a utilização da chamada metáfora profunda. A leitura tem de ser lenta, feito um tronco que desce a ribanceira. A cada momento o tronco tranca na margem e ali fica até ser removido pelo movimento das águas. Porém nunca se sabe quando o tronco vai começar a se mover...

Aliás, a bem da verdade, o CONFESSIONÁRIO – Diálogos entre Prosa e Poesia, de 2008, também tem esta característica: o movimentar-se. Esta obra é mais desafiadora ainda: é necessário estar no rio e se molhar pra pegar o tronco que passa nem tão próximo da margem.

Talvez seja porque Deus tem me dado tempo pra ficar aqui neste plano, refletindo sobre as coisas, os troncos passantes e os bichos.

Urdindo sobre o tempo que passa. Pacienciosamente.

– Do livro O HÁLITO DAS PALAVRAS, 2008/2009.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/1749487