A Caixa ou o Perfume?
Presentes geralmente são entregues em belas caixas, convites em envelopes decorados, cartas em papel especialmente selecionado. As cascas ou embalagens servem para proteger algo importante em seu interior, mas existem aqueles que valorizam tanto as embalagens que as colecionam.
Uma caixa bem enfeitada para presentear diz muito, demonstra carinho e diz que o seu conteúdo é ainda mais valioso. Mas não é sempre assim!
Muitos sabem que a beleza da caixa de presente não pode exceder ao valor do presente. Os laços ou adornos jamais serão suficientes se a caixa de presente estiver vazia.
Diariamente incontáveis orações adornadas são alçadas ao Céu, palavras rebuscadas e frases especialmente planejadas tentam elevar a imagem de quem ora. Por que tentar ser mais agradável para Deus sem antes ser por Ele transformado?
A oração não é apenas uma maneira para fazer pedidos, algo muito mais importante precisa ser desenvolvido através do ato de falar com Deus: relacionamento. Deus quer bem mais do que atender pedidos ou ouvir nossas orações, Seu desejo é de Se relacionar conosco de forma estreita, intima, com base no amor.
Amigos se falam não apenas para fazer pedidos, os telefonemas ou longas conversas não são para conseguir algum beneficio próprio, mas pelo amor mutuo. É bom estar com o melhor amigo!
Eu imagino que quando enviamos aos Céus nossas orações bem enfeitadas, protegidas por lindas caixas, Deus abre a caixa e não olha para os enfeites esternos que cercam o presente. Ao desembrulhar uma oração sincera, de dentro da embalagem exala um perfume suave e muito agradável, essa fragrância proporciona imensa alegria ao coração de Deus.
“Eu te louvarei, SENHOR, de todo o meu coração; na presença dos deuses a ti cantarei louvores.
Inclinar-me-ei para o teu santo templo e louvarei o teu nome, pela tua benignidade e pela sua verdade; pois engrandeceste a tua palavra acima de todo o teu nome.
No dia em que eu clamei, me escutaste; alentaste-me, fortalecendo a minha alma”.
Salmos 138: 1-3
As palavras que saem dos lábios não serão jamais superiores ao clamor do coração.