Homens e mulheres*

Uma querida e amada amiga, a Magza, me manda o texto abaixo, tirando um "sarrinho" e no espírito de gozação sadia e na alegria gostosa que sempre compartilhamos, motivo pelo qual a agradeço. Eis o texto que ela me envia:

"OS HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS (sic)

Os homens bons são feios

Os homens bonitos não são bons..

Os homens bonitos e bons são gays.

Os homens bonitos, bons e heterossexuais estão casados.

Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.

Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.

Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.

Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro são covardes.

Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O PRIMEIRO PASSO!

Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa."

Interessante o texto atribuído a Vinícius de Moraes.

Em resposta à Magza fiz o texto a abaixo, mais no espírito jocoso e provocativo do texto recebido, e menos por questão filosófica. É a brincadeira de "falsas alfinetadas" (risos).

Siim. Quem me acompanha há mais tempo sabe da ojeriza que sinto quando deparo com textos sexistas, que dividem os humanos por seus sexos, muitas vezes vazando vesgos machismos ou estreitos feminismos. No entanto, por conta dessa minha posição quanto à micropolítica cotidiana, participo dessas brincadeiras.

No fundo, que essas manifestções nos ajudem a ressaltar que homens e mulheres somos bons e maus, visamos ao bem e ao mal; que temos qualidades e coisas a ser melhoradas, sempre contextualizadas. E que, assim, nossa igualdade em nossas diferenças não nos leve, maniqueísticamente, a colocar o ruim em um dos sexos e a bondade toda em outro. Somos singulares em nossa pluralidade ontológica e isso é o que conta em nossas complicadas e deliciosamente desejadas relações.

"Homens e mulheres

Wilson Correia

As mulheres, em sua maioria, são mercenárias.

A relação provedor-provida é a que, geralmente, buscam.

Tirando essa característica básica, quando a mulher

não é mercenária, ou ela é independente ou é filântropa.

A independente e autodeterminada não quer cooperação.

A filântropa quer viver apenas para a ideologia que abraça.

Quando a mulher não é mercenária, nem egoísta nem alienada, encontra-se metida em crassa vulgaridade e em lugares-comuns.

Se não é mercantilista, não é egóica, nem obtusa nem vulgar,

ela pode estar na TPM, ou estar “imaginando outra coisa”,

querendo que você adivinhe-lhe o que vai pela mente ou que

lhe faça todas as vontades, ainda que ela não diga quais sejam

e ainda que você não seja adivinho para chegar à “eureka” ou à

“esfinge” em que ela, do seu lado, se transforma.

Logo, quando a mulher não o quer como provedor, ela o quer

como paspalho, ou como escravo, ou como mágico.

Diga aí: Que gênio no mundo pode compreender uma mulher?

Ah... "elas não foram feitas para serem compreendidas, mas amadas"?

Concordo, belezura! Só tem um detalhe: O homem também! E

Mais: Ele foi feito para ser “vivido”, e não para ser explorado,

feito de trouxa, muito menos escravizado, ou querido igual a semideus.

Que tal se a gente se contentasse com o simplesmente se dar à

relação? Com o simplesmente viver o que podemos ser e fazer?

Com as nossas inteirezas cambiantes conforme o tempo e o lugar?

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* Do meu blog: http://filoeducacao.blogspot.com/