Mensagem edificante

Prólogo:

Recebi a mensagem abaixo transcrita e fique feliz. Creio que meus propósitos estão sendo compreendidos. Ocorre que, às vezes, eu mesmo não me compreendo:

MENSAGEM DE UMA LEITORA QUE RESIDE EM CÁCERES - MT

“...Sinto sua aspereza contra os que não querem vencer as dificuldades mais banais. Os acomodados não têm chance com o poeta dos meus sonhos mais eróticos. Percebo seus mais escondidos desejos nas entrelinhas dos seus textos. Sua voz cala, mas suas mãos divinas e dedos mágicos digitam as palavras reconfortantes que todas as mulheres querem ler. Sou casada, mas estou louca por seus textos e por você!

Seus sonhos são nossos sonhos e suas poesias iluminam os caminhos tortuosos dos nossos desenganos. Você foi sábio ao se denominar Anjo ou Demônio sob a ótica dos que imaginam poder lhe classificar como um ser normal. Em verdade entendo ser o senhor das trevas ou o caminho mais iluminado para quem busca se conhecer a si mesmo.

Seus textos “Uma amante perfeita”, “A casa dos sonhos coloridos”, “Necessidade humana” e tantos outros provam sua gênese divina. Considero-o um ser especial, gênio emblemático da literatura contemporânea. Exagero? Não! Você toca o mais fundo possível na alma feminina e carente dos nossos dias sem o sol em forma de carinho do companheiro insensível.

Quero que você saiba de uma verdade: o texto “Infidelidade versus Felicidade” foi escrito exatamente para mim e todas as demais mulheres mal-amadas do planeta Terra. Pena que algumas infelizes não queiram assumir suas infelicidades, seus atrasos e taras mais doidas do que seus sonhos bizarros. Eu assumo os meus pesadelos!

Sou uma pessoa liberal e não tenho vergonha em dizer que com seus textos tenho aprendido a me valorizar cada vez mais. Tenho 34 anos, sou do signo de escorpião (11/11). Atualmente resido em Cáceres – MT, pertenço ao corpo docente da Escola Agrotécnica Federal de Cáceres. Sou sua fã e, não sei como, ainda, mais cedo ou mais tarde vou conhecê-lo pessoalmente. Ass. Eleonora”.

Essa exteriorização de emoção é ótima para enaltecer minha caminhada no estreito caminho da felicidade e progresso no campo cultural. Todavia não creio ser merecedor de tantos elogios. No texto “auto-análise” (agora se escreve autoanálise sem o hífen) fui enfático ao escrever:

“...Às vezes, penso ser escritor na acepção da palavra porque acredito no que escrevo! Uso as pessoas, os fatos reais ou imaginários para escrever. Engenhoso, faço esforço e crio histórias plausíveis de acontecerem para o cabal assédio da criação poética. Os leitores ficam com o encargo de julgarem o que deva ser certo, razoável, aceitável, admissível, louvável, bom ou ruim para suas evoluções...”.

“...Quando escrevo visto a túnica inconsútil da proficiência, imagino e experimento sombrios mistérios impetuosos da fêmea na sedução do olhar de Medusa, no encanto que não petrifica e flana nua pelos implícitos abraços do poema com sabor de carne almejada febril e/ou flamejante...".

Através dos versos sou aquele que exercita para melhor sentir o cheiro do púbis feminino, dobras da pele sem cor, interceptado da flor do ventre que lateja e se faz guardiã da dança, das cobiças mais recônditas, dos anseios inconfessos, que sai como açoite das coxias anímicas para o banho onírico no mar aberto da nudez, oculta lindeza pelo palpável desejo de zênite... “.

Preciso escrever algo mais para explicar o porquê dessas mensagens apaixonantes e apaixonadas das notáveis leitoras? Não! Sou apenas e tão somente o complemento dos seus anseios e mais reprimidos desejos.

Essa mensagem da simpática leitora é o reconhecimento de meu dinamismo e vontade em superar meus limites. Trata-se de uma mensagem edificante.