Oportunidade X Oportunismo – Uma reflexão! Da série ‘choque de ética’
A oportunidade é uma janela de possibilidades. O oportunismo é o uso indevido que se deu no caminho. As oportunidades são para todos. Já os oportunismos... Para poucos.
Por exemplo: O talento é uma possibilidade única de um poeta. O uso do seu produto pode ser oportunizado por todos gerando uma arte, uma cultura, um aprendizado. O juízo de valores começa quando você impõe a uma obra um valor e dá pesos e medidas diferentes para os avaliadores. Quem se auto-avalia em um site com peso desigual para outros participantes está sendo oportunista e não um empreendedor. Ou seja, não deveria submeter seus trabalhos a julgamento e votar em si próprio.
A oportunidade geralmente é ligada ao caráter do empreendedor. No oportunismo se vê o desvio no uso, pela conduta meio que de certa forma esquizofrênica e fisiológica de manter o ‘status quo’ da sua condição privilegiada frente aos outros.
Explico: Se eu concorro com você numa votação para se saber qual é o melhor poema dos postados e você possui o triplo de votos que eu, não deveria participar do concurso com uma obra sua. Isso é antiético. É oportunismo. Ou seja, é distorção da oportunidade que é de todos em função de um privilégio que lhe é concedido.
O oportunista geralmente é dissimulado e bajulador, covarde e fofoqueiro. Já o destemido empreendedor é realizador e inovador. As oportunidades estão ligadas as realizações, já a dos oportunistas às traições, principalmente as que ferem o principio da lealdade na amizade.
As vezes as definições se confundem no meio de uma ação, mas jamais serão iguais. Um está o tempo todo provocando o outro para a dialógica, ao mesmo tempo em que interage com o outro expondo seus valores éticos contrários à Lei do Gerson que é levar vantagem a qualquer preço.
Há uma historinha na propaganda da TV que uso aqui como exemplo de tudo que estou querendo dizer: A velhinha chega ao açougue e pede o presunto sadia (Se eu fosse vendedor, ou acionista do produto seria oportunismo, estaria fazendo propaganda em benefício próprio, mas como não sou é apenas uma oportunidade de explicitação) que me parece elucidativa de valores bem enraizados pela tradição e lealdade, fidelidade a um produto mostrado pelo consumidor.
O vendedor de nome Juvenal oferece outro produto para o consumidor e a velhinha diz a ele: Nem á pau Juvenal. Pois é bem assim: não venda sua dignidade nem a pau.
Seja sempre um profissional aprendiz de empreendedor e nunca um simples oportunista por que mais cedo ou mais tarde a casa cai. Isso serve para todos os ramos da vida e das profissões. Seja leal e verdadeiro consigo mesmo que o resto Deus cuida de você como bom Pastor que é.
Hildebrando Menezes