UMA FALHA FATAL
Na batalha infinda entre o bém e o mal, que, por uma falha do primeiro
homem, fagulhou-se o pecado no mundo e o estopim seu acendeu-se
e o fogo acirrado entre duas forças foi ativado e, agora, não tem o que possa essa atitude vil escabrosa conter-se devêz.
O bém se defende com as armas que tem, que não matam nem assolam
suas vítimas e prisioneiros, já, em contra-partida vã, o mal contra-ataca,
assola, fere e mata, destroça, distorce e desnorteia, faz ferver a água
de sua intenção maligna, atiçando ânimos a lutarem-se contra si.
Mas, de que lhe adianta, esse agir pútrido, se, no final da batalha, sim,
porque terá final, por todo o sempre se dividirá ao meio, sendo, o bém
de um lado, e temeroso mal, do outro lado, e, no deserto da maldição ficará o exército do mal, que, por sua vez, pedirá água ao exército do bém, que estará instalado no lindo oásis da benignidade, e, enquanto
que, os maledicentes chorarão de sede, e, os benevolentes, saciados, rirão.