"Mrs. Henderson Presents" (Reflexo fílmico 8.)
Sra. Henderson Apresenta (Mrs. Henderson Presents)
1.- SINOPSE: Laura Henderson (Judi Dench) compra um teatro antigo em Londres e o reabre como Windmill, uma casa de shows que fica famosa por conta, de outras coisas, das apresentações de garotas nuas.
2.- INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
Título no Brasil: Sra. Henderson Apresenta
Título Original: Mrs. Henderson Presents
País de Origem: Reino Unido
Gênero: Comédia / Drama
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Estréia no Brasil: 03/03/2006
Site Oficial: http://www.mrshendersonthemovie.com
Estúdio/Distrib.: Columbia
Direção: Stephen Frears
3.- ELENCO
Judi Dench .... Laura Henderson
Bob Hoskins .... Vivian Van Damm
Will Young .... Bertie
Kelly Reilly .... Maureen
Thelma Barlow .... Lady Conway
Christopher Guest .... Lord Cromer
Elise Audeyev .... Millerette
Anna Brewster .... Doris
Rosalind Halstead
Victoria Hay .... Millerette
Shona McWilliams .... Gracie Kramer
Camille O'Sullivan .... Jane
Doraly Rosen .... Maggie
Sarah Solemani .... Vera
Natalia Tena .... Peggy
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Caiu aos meus olhos este filme tão comédia quanto drama. Contudo, o que mais gostei dele são as atrizes, também pela beleza, mas não só, não sobretudo. Pareceu-me um canto de libertação da mulher, mas (não paradoxalmente) pela parte de uma mulher da classe dominante (libertada por sua vez do marido, que felizmente morrera...) que transfere a sua libertação a mulheres das classes dominadas.
Acho que a libertação anda arredor da libertação do corpo, do feminino em particular. Pensar-se-ia que oferecer aos olhos de varões e de mulheres o corpo nu da mulher pode reduzi-la a simples objeto... Mas depende, como tudo neste mundo: tanto dos olhos quanto da "olhada" e da intermediação entre ambos...
Paradoxalmente... O paradoxo define o humano e os humanos... Paradoxo mais do que contradição... Paradoxalmente nascemos nus... Imaginam que acarretaria a nossas mães nascer já vestidos, sapatos incluídos? Nascemos e, ao morrermos, a Terra desnuda-nos radicalmente, se não fazemos por nos sumir imediatamente em cinza.
Mas, a seguir, a família toda, a sociedade nos veste, cobre as nossas "vergonhas" e assim, vestidos... e desvestidos... andamos pelo mundo adiante... e atrás.
Não sei... Talvez seja consequência do domínio do homem pelo homem: A vestimenta evidencia a classe e a pose e as posses. Mas também oculta formas do corpo estimadas vergonhentas para o seu dono. (Somos realmente donos do corpo ou é ele quem nos domina?) Em particular, o varão sabe que o seu corpo carece das belezas que tem o corpo de qualquer mulher. Noutro lugar defini o varão pelo paralelepídedo e a mulher pela esfera. Historicamente tem-se considerado que a esfera é o corpo perfeito, enquanto os poliedros ... parecem sempre ameaçantes com as suas arestas. Enfim.