Conveniência

Nem todo filme combina com pipocas.

Cenas do dia-a-dia nos deixam mais incrédulos e constrangidos.

O apetite está mais associado a necessidade de sobreviver do que ao cardápio e ao paladar, não temos tempo para pensar nisso.

A cultura dos povos ainda é um problema para os conservadores egoístas.

O statos social reclama: - Não se iludam com as virtudes!

Não nos resta outra alternativa senão a defesa.

A desgraça alheia é um prato cheio para a mídia.

Retratos de uma sociedade governada pela indiferença.

Quando não se peca por excesso, o desleixo é contundente.

A real sentença, ou resumo da história ainda é um enigma.

Aberração? É mais uma figura distorcida ou anomalia genética?

Boquiaberto ficamos para demonstrar nosso espanto.

Obedecemos as gramáticas das esquinas ou cultuamos a ignorância.

A verdade é tão pessoal quanto o DNA da "ovelha".

É tudo clonagem da força que move a sobrancelha da "cascavel".

Tem coisas que a gente não enxerga, mas tá lá.

Melhor ficar mudo, antes que costurem nossa boca.

Apredi a ser assim para deixar os verdadeiros atores entrarem em cena. Apenas me coloco em um dos lados do cabo-de-guerra.

Lógico é que a maioria das "gatos" mia em becos escuros, não em telhados. Fica esse exemplo para os exibicionistas.

A fraqueza, ainda que natural, é uma ameaça para a extinção das espécies.

É melhor seguir a prudência e esperar que o verdadeiro martir seja o heroi dos desiguais.

Os modernos cardápios não despresam ingredientes antigos. É assim que se faz um romance famoso. Nenhuma sabedoria surge do nada.

Conceitos mudam à medida que se descobre novos prazeres.

A alma não é tão rica, é apenas um labirinto de indagações em busca da razão de sua existência.

Contribuir para uma sociedade ingrata é o castigo dado pelo Universo.

Quanto mais prisioneiro da insatisfação, sendo esta a pior de todas as prisões, mais perto estamos da liberdade eterna.

Isto é conveniência.