Páscoa, a Mão Forte de Deus!
Houve um tempo em que José, o filho de Jacó e neto de Abraão, era o governador do Egito. Ele conquistou a confiança do Rei por ser um homem que sempre se manteve obediente aos princípios recebidos de seus pais e servia a Deus com integridade.
José foi levado ao Egito, por Potifar, que era um oficial que servia a Faraó. Potifar comprou José como escravo e o levou para servir em sua casa. Em tudo José prosperava (Ex 39.2). A mulher de Potifar tentando seduzir a José, chegou a lhe convidar efusivamente: "Deita-te comigo!" (Ex 39.7), ao que ele respondeu: "Como poderia eu cometer tamanha maldade com meu senhor e pecar contra Deus?" (Ex 39.9). Assim, tendo sido rescusada, a mulher de Potifar envolve José numa trama de mentiras e fofocas que o leva à prisão; ali, nos calabouços, José continua sendo abençoado por Deus (Ex 39.23); ganha a confiança do carcereiro e é usado para interpretar os sonhos do padeiro e do copeiro do Rei (Ex 40.9-19). Dois anos depois, Faraó tem um sonho e manda chamar José que ainda estava nos calabouços do Rei, que mais uma vez é usado por Deus; agora, para interpretar o sonho de Faraó. Este fica tão feliz com a interpretação e a solução apresentada por José, que o coloca como o segundo maior em poder e autoridade de todo o Egito (Ex 41.38-43). José e seus irmãos Rúbem, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Zebulom, Benjamim, Dã, Naftali, Gade e Aser faleceram; mas, os israelitas que ali ficaram foram fecundos, e aumentaram, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, e a terra se encheu deles de tal maneira que o novo Rei do Egito ordena que sejam feitos escravos. Porém, quanto mais eram afligidos os israelitas prosperavam e cresciam em número e força. O novo Faraó ordena, então, que todos os meninos nascidos entre os israelita fossem mortos, deixando apenas viver as meninas hebréias.
Quanto sofrimento imposto a um povo só porque prosperava! Só porque crescia quantitativa e qualitativamente! Aumentou-se a carga horária de trabalhos forçados... Aumentou-se a exigência da produção individual... Aumentou-se o castigo imposto aos que, cansados e desidratados, iam caindo e desmaiando pelo excessivo esforço... O povo clamava com grandes brados por socorro divino!
Iaweh, o "Grande Eu-Sou", se revela a Moisés no evento sobrenatural da "Sarça que ardia e não se consumia" (Ex 3.2); ali, no monte Horebe, Iaweh dá a Moisés uma missão especialíssima: Ser o porta-voz de Deus diante do Rei do Egito, o Faraó, que assolava com grande terror o povo de Israel. Em meio a sarça, disse o Senhor: "Certamente tenho visto a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o se clamor, por causa de seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito" (Ex 3.7 e 10). Somente depois de algum tempo, depois de tentar recusar com várias argumentações, Moisés coloca-se à disposição de Deus e vai cumprir sua missão.
Moisés, diante do exuberante e altivo Faraó anuncia que estava ali, tendo sido enviado por Deus, para que os israelitas fossem libertados. Como que achando graça daquilo que ouvia, Faraó responde: "Quem é o SENHOR para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel" (Ex 5.2). Várias foram as investidas de Moisés que, acompanhado de seu irmão Arão, acabavam por não lograrem êxito diante de Faraó. O que conseguiram foi acentuar a ira de Faraó que impôs castigos maiores e dobrados aos escravos israelitas.
Visto que Faraó não se curvava diante de sua determinação para que Israel fosse colocado em liberdade, Deus (Iaweh) anuncia a Moisés o castigo que viria sobre o Egito: "Disse o SENHOR a Moisés: O coração de Faraó está obstinado; recusa deixar ir o povo. Vai ter com Faraó pela manhã; ele sairá às águas; estarás à espera dele na beira do rio, tomarás na mão o bordão que se tornou em serpente e lhe dirás: O SENHOR, o Deus dos hebreus, me enviou a ti para te dizer: Deixa ir o meu povo, para que me sirva no deserto; e, até agora, não tens ouvido" (Ex 7.14-16). Soberbo e garboso, Faraó não se dispôs a atender às ordens de Deus... Foram dez os castigos imputados ao Egito por causa da desobediência de Faraó, conforme o livro de Êxodo: As águas que se tornaram em sangue (7.14-25), as rãs (8.1-15), os piolhos (8.16-19), as moscas (8.20-32) , a peste nos animais (9.1-7), as úlceras (9.8-12), a chuva de pedras (9.13-35), os gafanhotos (10.1-20), as trevas (10.21-29) e, a última e fatídica, a morte dos primogênitos (12.29-36).
Está instituída a Páscoa (Ex 12.1-28)! Ou seja, a celebração da liberdade. Israel não é mais escravo! Deus, ouvindo o clamor de seu povo que estava sofrendo humilhações de todos os tipos além de estar sendo obrigado em trabalhos forçados e além de seus limites, por tão Grande Amor, empreende enorme castigo aos opressores que culmina na morte de todos os primogênitos egípcios, inclusive dos animais. É a Mão Forte do Senhor, agindo para libertar o seu povo de tão grande escravidão.
Páscoa não é dia de celebrar o "coelhinho", nem tão pouco dia de comer ovos de chocolate! Páscoa é tempo de lembrarmos quão Grandioso é o Amor de Deus que age com Mão Forte em favor de seu povo. Páscoa, no sentido do termo hebraico pescha: o cordeiro pascal; cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de abibe [para nós, março-abril; o primeiro mês do ano para eles] em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o Anjo Vingador vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas).
Jesus é o Cordeiro Pascal (1Co 5.7). Ao morrer na Cruz para nos libertar da escravidão do Pecado, e ressuscitar de entre os mortos, Jesus é o substituto do cordeiro que foi imolado a favor de todos quantos se encontram escravos do pecado. Jesus é a Mão Forte de Deus que nos possibilita livramento de toda acusação (Rm 8.1) e nos conduz à vida eterna (Jo 3.16).
Páscoa é tempo de reflexão! É tempo de refletirmos no Amor de Deus que, ao enviar Cristo para morrer por nossos pecados, impõe sua Mão Forte para nos livrar de toda escravidão e nos conduzir em liberdade para a salvação.
Louvado seja Deus porque com Mão Forte, ainda hoje possibilita a libertação e a salvação de todos aqueles que a Cristo recebem como seu Único e Suficiente Salvador!
Voce é alvo do Amor de Deus. Quer fazer parte da Páscoa do Senhor? Então, declare ser Jesus, a Mão Forte de Deus, o Senhor de sua vida.
Páscoa, a Mão Forte de Deus!
Feliz Páscoa a todos os Recantistas e familiares!
10.04.2009