MULHERES E E-MAILS

Existem invenções que ajudam a humanidade, outras que só causam dissabores...Ansiedade. Como o telefone por exemplo. Sempre estamos a espera daquela ligação que faz nosso diz ter mais cor, que nos faz mais felizes.

Pior que o telefone, foi a invenção do e-mail.

Se esperávamos uma ligação ansiosamente, com o correio eletrônico, quase beiramos ao desespero.

Se o e-mail tão esperado não chega, imaginamos se o endereço foi digitado corretamente, se não se perdeu na caixa de spam; se realmente chegou ao destinatário. Enfim, inúmeros pensamentos permeiam nossa mente.

Atualizamos a página da caixa de entrada de trinta em trinta segundos. Mandamos mais um e-mail pra ver se não volta; se não é a caixa que está cheia.

E-mail da pessoa amada. Ah! Esses são os que mais esperamos.

Quem precisa de motivo pra mandar um e-mail dizendo ‘te amo’?

Entre um trabalho e outro, um afazer e outro, sempre arrumamos tempo pra mandar um e-mail. Geralmente nós, mulheres que amamos demais mandamos dez e-mails para receber apenas a resposta de um. E isso... Ah! Isso nos corrói.

Então, penso que os envios de e-mails de amor [as cartas eletrônicas de amor do mundo contemporâneo] deveriam ser limitados a uma edição por dia, com direito a ser respondida apenas uma vez. Porque desta forma, não sofreríamos a ansiedade de aguardar tanto, por algo que pra muitos, vale tão pouco.

Para as mulheres que amam demais: procurem distrair-se com algo. Mesmo que tudo o que você faça lembre seu amado. Escrever é uma boa. Mas não e-mails. Escreva num blog; aqui no RL; pra alguma amiga; pra um antigo amor. Porque assim, além de comentários, vocês receberão muitos e-mails, mesmo que não seja o TÃO desejado.

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Milena Campello
Enviado por Milena Campello em 19/03/2009
Reeditado em 19/03/2009
Código do texto: T1494223
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