MANOEL CABRAL MACHADO (necrológio na ASL _ 2 de março de 2009)
Quando se vão os que amamos, eles não estão no céu,
Nem em outro lugar qualquer. Estão em nós.
Cabral, que saudade.
Cabral que falta enorme
De ver seu corpo feito de pó
E pleno da grandiosidade de Deus.
Como faz falta a sua voz
Seu sorriso
Sua figura boa
Suas mãos
Que saudade do seu pensamento.
Olhe, Cabral, sei que você ainda não aceitou, ainda não se adaptou.
Sei que gostaria de estar aqui
De sentir na pele o calor do sol
De sentir a chuva
Que coisas você percebe agora, Cabral?
Será que é como você sonhou?
Com festa de anjos
E beijos de Lurdinha?
Será, Cabral?
Sua voz não ecoa nas paredes das instituições onde você esteve
Sua voz e sua palavra moram em nossos cérebros e emoções
Você é nosso, muito nosso.
Meu, que falo e ouço seus versos e argumentos
Que sei de seu medo e de sua ternura
De suas andorinhas
De tudo que só os poetas temos