Caso você, se encontrando em um prédio, fosse avisado de que havia uma bomba em seu interior, o que faria? Pediria um cafezinho, leria um livro, assistiria TV ou tiraria uma soneca?

Com toda a certeza sua reação seria a de sair dali no mesmo instante, correr escada a baixo no sentido de preservar a sua vida. 

Encare outra pergunta: Se você soubesse que Jesus iria voltar no próximo domingo, às 7 horas da manhã, o que faria ?

Há duas possíveis respostas básicas:

A - Continuaria a fazer o que faço todos os dias ;

B - Modificaria todo meu modo de viver .

No caso da segunda alternativa, certamente você não tem pensado muito na segunda vinda e não estaria preparado para seu advento.

Para responder, nos moldes da segunda, dois requisitos deveriam fazer parte integrante de sua vida:

I - santidade ( I Jo 3;3);

II - zelo ( I cor 15:58).

Infelizmente não parece que as pessoas dos dias de hoje estão muito voltadas para a eternidade, e isso inclui, infelizmente, a maior parte dos religiosos, razão pela qual o Mestre já fazia uma lacônica observação há dois mil anos atrás:

“Quando o filho do homem voltar, porventura encontrará fé na terra?”( Luc 18: 8).

Uma das razões para tal estado de coisas é aquela mencionada por Pedro, que observou, também há dois mil anos, quando Jesus havia partido a pouco, o desânimo que invadia os seres humanos quando o tempo pára e parece que “nada acontece” (II Pe 3: 1-8) caindo na letargia.

É o exemplo dos discípulos que esperavam por Jesus no horto, na noite em que orou ao Pai pedindo o afastamento do cálice, de forma que aquela “apatia” é o mesmo motivo que pode levar as igrejas a se tornarem “mornas” (Mateus 26: 36-46; Ap 3:14-22) .

Entendo que a avaliação da segunda vinda deveria ser repetida diariamente, ao lado da oração, da leitura bíblica inspirativa dos Salmos, do louvor, dos jejuns, da ceia e dos atos de amor ao próximo.

Afinal, a razão para tudo isso não é ser abençoado materialmente ou “escapar” do inferno, mas sim o próprio Deus, uma vez que o Reino é constituído por alegria e paz no Espírito Santo (Rm 14:17 ), cujo clamor diário, que deve ser acompanhado por nós, é : “Ora vem Senhor Jesus” ( Ap 22:17) .

O mundo tal como se encontra hoje não pode ser bom para os salvos, uma vez que “a benção de Deus enriquece e não acrescenta dores”, mas ele está destinado, após a vinda de Jesus, à destruição total, não sendo recomendável que nos apeguemos a ele (I Jo 2:15 não ameis ao mundo); guardado para o fogo (II Ped 3: 10-13; Ap 21-22).

Por essa razão seria útil dar uma “olhada rápida” em alguns aspectos da segunda vinda.

A - Características

A . 1 Pessoal At 1:11 ( como subiu virá)

A . 2 Visível Mat 24:20: Ap 1:7

A . 3 Repentina Mat 24: 36; Lc 21:34; I Cor 15:54

A . 4 Breve Mt 24:42,44; 25:13; Ap 22:20 ( tempo é aspecto subjetivo face a eternidade - II Pedro 3:8).

B - Objetivo

B.1 Ressuscitar os mortos. Jo 5 ; 28-29; Jo 6 ; 39:40,44 ; I Cor 15; I Ts 4: 13-17; Ap 20:13 .

B.2 Separa o “trigo do joio” ( que hoje está mais semelhante do que nunca – Mat 13 ), de forma análoga como o que acontecia na primeira vida, quando também ouve separação. Mat 24: 40-41 ; Lc 12:51 .

B. 3 Reunir os escolhidos na igreja. I Ts 4:17; II Ts 2:1.

B. 4 Transformar os salvos para que sejam como Ele é. I Cor 15: 50-54 ; I Jo 3:2; Fp

B.5 Estabelecer o reino, que é nosso desde agora mas que não está completo ainda. I Ts 4:17; Ap 20: 1-7; Isaias 11 .

B . 6 Exercer o juízo ( há tanto esperado) com diferentes avaliações para os que tem ou não a Cristo, conforme as obras Mt 25: 31-46 .

B. 6.1 Não creram : julgamento para condenação Jô 3: 18; II Ts 2:12; Ap 20: 11-15.

B. 6. 2 Creram: avaliação para galardão ( nenhuma condenação há) I Cor 3: 10-15; Rm 14: 10-12: II Cor 5: 9-10.

B. 7 Efetivado esse julgamento, que incluí o diabo e seus anjos, destruída a morte, o pecado e o inferno, Deus passa a exercer poder e controle absoluto sobre tudo e todos I Cor 15:28.

Como consideração final cabe pensar que Deus tem sido misericordioso com os homens por milhares de anos, dando oportunidades, cobrando, castigando aos que ama, com uma razão única: salvar o maior número de pessoas da morte eterna, o que nega a idéia de que “ Deus é Pai e no final dará um “jeitinho” em todos”.

Desse modo, pensar que é impossível a condenação eterna de alguém é enganar-se a si mesmo sobre a realidade espiritual.

Homens de Deus nos ilustram sobre a justiça divina comparada com seu amor, as duas coisas se harmonizam, pois uma eternidade com pecados envolvidos seria muito pior que uma vida terrena com erros, razão pela qual Deus não permitiu que Adão continuasse no Éden perto da árvore da vida.

Anote a história da intercessão de Abraão junto a Deus em relação a uma cidade condenada: Não faria o juiz de toda a terra............ ( Gen 18: 22-33), onde poupar a todos não era possível, porém retirar os justos, e somente esses, antes da destruição sim.

Pense a respeito. Temos uma eternidade a ser vivida. Longe ou perto de Deus. Faça sua escolha correta: opte por Jesus hoje.

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Pastor desde 1968.