FACES DO BRASIL

dito por eles


Mano, vivemo num Brasil que a diferença entre "nego de grana" e "farofeiro" é tamanha, pois os bom de bolso mora em casa manera, a área do Mané e maió que sitio, com piscina e tudo que é bom, meu. Quanto mais você pensa no espaço desses caras mais você se intriga, pois do outro lado da vida ta nóis morando em casebre, seis, sete família morando em casebre grudada uma noutra. Manja só, mais da metade das cidades manera mora no morro, mora no viaduto e os outros coitados nem mora. Acontece que a situação tá feia e tende a piorá, pois nasce mais maninho na casa do mano pobre e com isso mais mano debaixo da ponte vai tê. Os homens lá em cima precisa corrê atráis do prejuízo pois, se aumenta a nossa população e o "paísão beleza" vai continuá sempre o país do futuro. O medo é o seguinte mano, pô, se este é o pais do futuro o que vai arranjá nóis, que é do presente? Temos que se conformá com o que aconteceu com os manos do passado? Vamo dá a nossa força, arranjá um trampu, mandá a mulecada pra estudá, ainda que a galera tá dizeno que o estudo tá fraco. Os homens diz que ensina, os muleques diz que aprende e nóis diz que acredita. É preciso por a mão na massa, pois do jeito que a coisa tá, sem escola, também vamo continua sem casa e logo, sem rango, podes crê, aí é o fim.


DITO POR ELES

Senhores, vivemos num Brasil que a diferença das classes ainda pesa nas estatísticas, a classe alta habita em residências luxuosas ocupando espaços de verdadeiros sítios, com piscinas e toda estrutura para o lazer . Analisar o conforto e o espaço provoca irritação, pois do outro lado está a classe baixa que vive em casas rústicas com espaços mínimos, sendo ocupadas por seis ou sete famílias. Porém, outra grande parte da população vive em favelas ou debaixo de viadutos, outros perambulando pelas ruas.
A situação é preocupante, pois tende a piorar. Os dados estatísticos mostra que a alta natalidade acontece na classe baixa, isto projeta maior índice de pessoas morando em favela ou nas ruas. As autoridades competentes devem tomar medidas imediatas para que o problema se resolva, pois do contrario ficaremos no jargão “Brasil o país do futuro”. É preciso pensar nos brasileiros do presente, vamos dar nossa contribuição, empregando as pessoas , encaminhando as crianças para a escola, ainda que se faça muito forte uma frase pessimista em nossos dias: “O professor finge que ensina, o aluno finge que aprende e os pais finge que acredita”. É preciso agir pois se a situação continuar como está, sem educação, sem moradia; em pouco tempo faltará também a alimentação. Com certeza será o fim.