DESNEXORÍASE AGUDA
È, pois, que, brutal, essa herezia
Que chegou e instalou-se,
Dessa cruel torpe agonia
Está sabendo-se,
E nos é muita histeria...
O homem desnexou-se
Ante sua vil covardia,
Por si só, separou-se
Da sábia mãe harmonia
Que sempre, ostentou-se
Por anos, meses, semanas e dias,
No período que presenciou-se
Vida e vida em mui quantia
Que dela aproveitou-se,
De ganância em regalias...
E se vê que precipitou-se,
Em se manter essa vã ironia,
Mas, apesar, sim, pensou-se
Em melhorar imagem, todavia,
Antes que cedo ou tarde, fôsse,
Eis aí, o dedo em riste da sabedoria...
Ela, enfim, predomina-se,
Livrando-se da fútil rebeldia,
O homem, que acostumou-se
A se alimentar de iguarias
Da natureza, que doou-se
Sem reservas de simpatia,
E, por A mais B duvidou-se
Dessa sã e meiga empatia...
Por isso, a natureza pede
Que lhes entanque a sangria,
E, urgentemente, faça-se
A tão necessária cirurgia,
Plantio e transplante de árvores
Pelos campos, vales e cochilhas...
Só assim, se perdôa, o homem,
Por tamanha sagáz grosseria
Que se pratica contra ele mesmo...
De chorar se pare e que, sorria, sorria.