DESNEXORÍASE AGUDA

È, pois, que, brutal, essa herezia

Que chegou e instalou-se,

Dessa cruel torpe agonia

Está sabendo-se,

E nos é muita histeria...

O homem desnexou-se

Ante sua vil covardia,

Por si só, separou-se

Da sábia mãe harmonia

Que sempre, ostentou-se

Por anos, meses, semanas e dias,

No período que presenciou-se

Vida e vida em mui quantia

Que dela aproveitou-se,

De ganância em regalias...

E se vê que precipitou-se,

Em se manter essa vã ironia,

Mas, apesar, sim, pensou-se

Em melhorar imagem, todavia,

Antes que cedo ou tarde, fôsse,

Eis aí, o dedo em riste da sabedoria...

Ela, enfim, predomina-se,

Livrando-se da fútil rebeldia,

O homem, que acostumou-se

A se alimentar de iguarias

Da natureza, que doou-se

Sem reservas de simpatia,

E, por A mais B duvidou-se

Dessa sã e meiga empatia...

Por isso, a natureza pede

Que lhes entanque a sangria,

E, urgentemente, faça-se

A tão necessária cirurgia,

Plantio e transplante de árvores

Pelos campos, vales e cochilhas...

Só assim, se perdôa, o homem,

Por tamanha sagáz grosseria

Que se pratica contra ele mesmo...

De chorar se pare e que, sorria, sorria.

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 18/02/2009
Código do texto: T1446231
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