DIANTE DA MORTE

Não se consumiram, com a dissolução dos tecidos,aqueles que consideras mortos.
Desapareceram da vida objetiva,sem dúvida,mas vivem em outra dimensão vibratória e examinam através de outras percepções a oportunidade que tiveram e os valores de que se fazem detentores inalienáveis.
Os maus expiam enquanto despertam com a mente tornada fornalha de remorsos,graças à nova situação que desconsideravam...
Os resignados e bons,chamados ao convivio imortalista,exultam e se preocupam com os que se enleiam na ilusão ou se anestesiam na busca do NADA em que se infelicitam.
Não desesperes,se a saudade te martiriza,ante a ausência deles.Estão ausentes só em corpo físico.Pensando neles,envolve-os na prece lucilante e benéfica.Estejam como estejam receberão os teus pensamentos e deles retirarão o precioso conteudo que os reconfortará valiosamente.Assim, recorda-os com ternura e amor,desejando ser-lhes util.Isto posto,pensa em ti proprio.
Cada instante da experiência física mais te aproxima da realidade espiritual. Reflexiona como te encontras,o que já fizeste,o que possuis para conduzir,porquanto,também desencarnarás,apesar da saude que ora desfrutas ou da situação em que laboras otimista.
Sabendo-os vivos,enxuga o pranto que a dor pungente da grande transição propicia,considerando que,além da sepultura aparentemente misteriosa,a vida estua,e,depois do umbral de cinza e pó em que o corpo se converte,brilha a madrugada da imortalidade que nos domina e felicita.
                                                                       
                                                                Joanna de Ângelis       
Do Livro:CELEIRO DE BÊNÇÃOS                                                                        Médium:Divaldo P.Franco
 
Imagem:Arte surrealista de Vladimir Kush