CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (89): E lá vinha você... [com as minhas desculpas...]
"Isto" pede o final: As "confidências", que nem são tais; as E lá vinha você..."biográficas", que andam muito longe de qualquer biografia... Portanto, devo acabar... Ou, se não acabar, pelo menos terminar...
Mas como é que possa ou tenha de acabar? Não sei bem.
Se alguém foi seguindo as mensagens desta série, terá observado que os textos preferidos (ou que eu quereria como preferidos) tratam algum assunto relativo ao amor, ao Amor, à Amada, aos Amantes.
Tomei por pretexto (mormente) poemas ou outros textos que apareciam na capa; portanto, muito recentes. Mas nem sempre. Foi propósito que não cumpri de todo.
Bom, apesar de tudo a grande maioria das mensagens, para além de "amorosas", arrancam de textos postados pelos seus autores, poetas, no dia.
Não sei... Quereria que as minhas confidências fossem como... por exemplo, este poema que acabo de ler e cá copio. Intitula-se «E lá vinha você...». A autora é a poeta LAURA LEMOS (RdL, 03/02/2009.- T1419771):
E lá vinha você, trazendo a certeza no sorriso.
As pessoas passando nem notando, mas eu via...
e sentia o amor em minha alma brotando.
E lá vinha você, cansado da viagem do passado no presente.
A música tocando, eu nem ouvindo, mas você registrando...
amando
as notas que fariam a trilha...
passando.
E lá fomos nós, de mãos atadas e suadas.
Sentindo as batidas descompassadas de dois corações...
trêmulos,
aceleramos e no retrovisor do tempo vimos tanta gente ficando...
e sabíamos
que no nosso momento... só nós dois cabíamos.
.........................
Ah, "você"! Quem é o "você" de cada pessoa, aquela que se compenetra sensivelmente, «trazendo a certeza no sorriso»...
Um "você", talvez «cansado da viagem do passado no presente» e, contudo, feliz por obra e graça das «batidas descompassadas de dois corações»: O do "você" e o meu...
Quero convencer-me de que «só nós dois cabemos», mas sempre fica a dúvida... Nós dous? Só nós dous?