CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (86): Nosso Amor... [poema suavemente erótico]
Edil Franci publica no RdL (02/02/2009.- T1417478) um poema deliciosamente erótico (e quase apólogo!), de que transcrevo quase todas as estrofes. Intitula-o «NOSSO AMOR...»:
Me perco em sua boca
Assim bem de mansinho
Retiro sua roupa
Com cuidado, com carinho
Inicio uma viagem louca
Abrigo-me em seu ninho
[...]
E desperto desse transe
Desespero, pois, foi sonho
Imploro-te uma chance
Lindo anjo, tão risonho
Seja o verso que componho
O gozo, o prazer, a nuance
Não este ser tristonho
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Mesmo na tristeza,
Precisamos sonhar
Pois não existe maior beleza
Que amar, amar e amar...
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Confesso-me erotómano, vergonhento erotómano, porquanto (como assinala Edil) a minha erotomania não ultrapassa o verso... Sou (confesso-o) erotómano versal, nem sequer lírico...
Versal ou inversal? Nem sei...
Porque o prazer, amoroso, sonhado pode ser dito "prazer"? Pode nem sequer ser considerado "amor"?
E "nosso"?
Seja como for, acho que Edil, o poeta sonhador, tem toda a razão tanto no texto do poema, quanto no moral que dele extrai: Nos sonhos, mesmo o entressonhar vigiante, posso perder-me na boca da Amada (ideal sempre) e percorrer seus lábios com destreza (desconhecida na vigília) e lhe retirar, peça a pecinha, a roupa (e ela a mim, fantástico...)...
E, assim, livres e perfeitos em nudez e amor, mostrarmo-nos também amantes perfeitos (que a realidade nem sempre confirmou...).
Posso sonhar... Talvez seja o único ainda permitido à minha erotomania vergonhosa, tímida, ... secreta ... ou não tanto.
Portanto, amigas e amigos, perdoai-me a minha erotomania... Talvez inocente em excesso. Ou não... Quem sabe!