CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (67): Hora de Amor

OLHOS RADIANTES (quanto tempo sem nos visitarmos...!), no RdL, 26/01/2009 (T1405312É), posta o poema amoroso intitulado «Hora de Amor». Delicado e sincero, não posso resistir-me nem a copiá-lo nem a comentá-lo, verei, liricamente:

Saliva a boca ao lembrar do beijo,

a língua se agita, dança, provoca.

A pele arrepia, sente desejo,

o corpo pede, ordena, convoca.

Naturalmente oferece-me colo,

sensualmente acalentador.

Os sentimentos, então, eu violo,

pois é chegada a hora do amor...

............................................................................................................

Somos nós, Amor, tu e eu,

filhos da noite e do dia,

das sombras e dos beijos,

da suave saliva,

do desejo livre, da dança

da língua com língua...

Somos corpo, somos corpos

ordenados à lascívia:

À leve no colo leve, de garça,

lábio que acaricia;

À lenta dos dedos sábios

por sobre a pele fina,

a dedilharem tremores,

a acenderem harmonias,

a vibrarem sentimentos,

e espalharem ditas...

::::

É tempo já em que os corpos

teçam do amor o enigma...

P.s.- Ah, se eu puder livre e descontraidamente o que o corpo já quase nem permite... Mas aí vai o meu desejo tornado em poema, encrequenado* e quase tolheito**...

...

(*) Encrequenado adj. Diz-se de aquele que está agachado ou encolhido.

(**) Tolheito adj. e s. Eivado, paralítico: "tem as pernas tolheitas".