CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (64): Desejo [... ou amor...?]

Salomé publica no RdL (24/01/2009.- T1402402) umas reflexões sobre «Desejo», à maneira de prosa poética. Ei-las:

Tufão soltando mil e uma sensações dos seus porões sob a nudez de corpos já embriagados pelo doce licor composto de vinho e absinto...

Nas almas inflamadas por o ardor solto, contido em fantasias loucas e obscenas mas não menos amenas...

Nas carícias saturadas de ousadia, correndo feito mel sob intermináveis pedaços de pele...

Nos corações batendo descompassadamente nos peitos, livres de toda modéstia e preconceito...

Nos veús diafanos do prazer alimentando noites eternas de paixão em corpos inundados pelo suor do amor, perdidos no ultimo ato de gozo clamando toda razão no desmaio de sua vastidão...

Encerra-as a frase latina "Amor ordinem nescit, apudne te vel me?", atribuída a São Jerónimo.

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Descrição dos momentos, eternos, instantaneamente eternos, em que os corpos amantes se acham até ao êxtase que desmaia e esmazela.

Amo-te (disse amante)

Amo-te (disse amante)

Dous corpos reunidos em nua embriaguez

Dous corpos, pele e pele,

fantasias úmidas e belas,

carícias,

dedos carinhosos,

enigmas desvelados...

Nunca suficientemente desvelados, mas...

Gozo último e primeiro, corações a baterem

no mistério alagador do prazer:

Desejo....................................................................

Submisso......................................................

Amor..............................................