CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (37): O instinto!
vila, escritor, publica no RdL (13/01/2009.- T1383187) o poetrix que intitula «O instinto!»
O instinto
Não fica vermelho,
Nem escuta conselho...
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Mas é tão saboroso... Sobretudo esse instinto que não faz mal a ninguém e procura o prazer de um, de dous...
Amo o instinto, embora esteja educado para o dominar, para não me deixar "arrastar" por ele, por eles...
Porque não há instinto, há instintos... E de todos eles o que mais amo agora (nestas circunstâncias a que cheguei) atinge ao o instinto da poesia... rosa ou verde ou azul ou dourada... Tanto tem...
Não: Tanto não tem, porque a poesia que mais amo arreiga na mulher, na amada, na que posso modelar com dedos e desejos, mas também na mulher que idealizo e com a qual libo todos os segredos da volúpia...
Não gosto dos morangos; para mim a mulher lírica vale por licor de cereijas gostoso, embriagador...
Continuo?: Fiquei vermelho... por vergonha prazenteira ou por êxtase de carinhos infindos... Procurei e achei as gozos libertinos que seduzem os deuses... Lambi guloso a ambrósia do Olimpo em companhia de Afrodite... Zeus contemplava-nos de longe e invejoso... Hera fugira e Helena ainda não nascera.
Não escuto conselho nenhum: Deixem que o meu instinto continue a mergulhar-me no leite generoso e doce do amor feminino...