CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (34): Por não errar errei...
Concha Rousia publicou no RdL (10/01/2009.- T1377463) um pensamento que, por me ferir, vou comentar. Sei que o comentando, quebro a promessa ou compromisso que tomei comigo quando comecei a redigir as confidências: basear-se-iam em textos que topasse na capa. Bom, por uma vez...
O pensamento intitula-se «Por não errar errei...» e diz «Com frequência adorei as cousas que não me atrevi a fazer, hoje me arrependo dos erros que não cometi.»
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Reconheço que houve um tempo em que a minha atitude era mais ou menos essa: Adorar o que não me atrevia a fazer. Hoje já não adoro o que não me é possível... Serão os anos, a experiência, os erros... Mas é.
Acho que nunca me arrependi dos erros cometidos: Sincerei-me comigo e, chegada a ocasião, com o que carregou com as consequências do meu erro, para, a seguir, me dizer que procuraria não cometer de novo esse erro ou erro parecido. (Não sempre o consegui...)
Em qualquer hipótese, opino que o arrependimento (com sentimento de culpa arrastado...) não conduz a nenhures. Talvez o único arrependimento aceitável seria o que diz Concha: Arrepender-se dos erros não cometidos.
Mas, se assim procedesse, não estaria a contradizer-me? Por que teria de me arrepender dos erros não cometidos, quando não me arrependo dos erros cometidos? Porque, se me arrependesse dos erros não cometidos, voltaria à atitude, de moço, mercê da qual adorava cousas que não me atrevia a fazer?
Não sei...