CONFIDÊNCIAS ... BIOGRÁFICAS? (14): Do Amor, do Amar...
Leio o poema "Do Amor, Do Amar", de Karla Hack dos Santos (RdL, 05/01/2009.- T1368335), e fico abraiado, surpreendido, grato e cheio de emoções, porque me fez lembrar muito do que eu fui vivendo nestas lidas do amor...
Vejam (vou citar alguns versos, os que mais me apanharam):
[...]
"Não sou daqueles que caem por entre as trevas de um luto romântico.”
Insistia nesta idéia.
Persistia no que julgava correto.
[...]
“Não sou daqueles seres humanos apavorados.
Eu saboreio de tudo.
E até do amargo vanglorio-me.”
Teimavam e teimavam entre si.
[...]
Passavam tantos segundos juntos que um dia,
[...]
Os olhares pareciam concordar.
Temeram que fosse loucura.
A teoria já nascera.
Pô-la em prática é o próximo passo racional.
“Quem sabe...”
“É. Quem sabe se...”
“Talvez...”
“ ... Dois cantos formem um inteiro!”
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Não acham que é de todo certo? Leiam o poema completo, saboreiem verso a verso o que diz e o que cala. Verão que é de todo certo: «Dois cantos [talvez] formem um inteiro.»
Mais cada vez contemplo (será esta a palavra própria?) a maravilha que somos os seres que habitamos nesta nossa Terra (e que tanto fazemos por des-maravilhá-la... Fazemos? Talvez. Mas há quem faz muito mais do que nós, pobre Povo...).
Contudo, muito mais espantado contemplo a maravilha do amor, essa conjunção de corpos que, apesar de tudo, entranha outras conjunções, sem dúvida esplendorosas, deliciosas, satisfatórias, mais pela serenidade em que navegam do que pela paixão de que nascem.
Tristemente, como os humanos parecem preferir a guerra e não a paz, nas questões amorosas abundam os momentos de inquietação e desassossego, quase sempre gratuitos, quando esse "dois cantos que formam um inteiro" teria de ser a norma... Não, a norma, não, apenas a conduta espontânea dos dous... de todos.
Imaginemos, amigas e amigos, e alcançaremos esse mundo ideal hoje!