Desejos de um Feliz Recomeço com Tudo Novo
Cada um de nós possui um ano novo particular... Pessoal... O início se dá para cada um no dia do aniversário. É o ano novo individual!
No dia primeiro de Janeiro, o mundo inteiro comemora a Confraternização Universal. Todos os povos se unem para celebrar o ano novo coletivo.
Cada um, mesmo que insistindo na individualidade, não pode fugir da necessidade de participar do coletivo e nele, todos nós estamos ligados, querendo ou não.
Esta data é extremamente importante, pois é o marco que criamos para um início e um fim. É um momento em que refletimos as possibilidades de nos permitirmos um recomeço. Alguns criam listas de todas as mudanças pretendidas, de assuntos inacabados ou de projetos que precisam ser retomados... Outros acreditam ser apenas um novo ano começando...
Seja lá o que você acredite ser o Ano Novo, aproveite-se desse sentimento coletivo onde o mundo todo estará vibrando por coisas novas, por novos começos, novas chances e novas oportunidades.
Esqueça um pouco de si mesmo, e lembre-se das outras pessoas. Você não será privado do que deseja, pois estaremos numa corrente gigantesca onde alguém vibrará por você também.
Quero dizer com isso, para pedirmos menos daquilo que serve apenas para um indivíduo. Temos nosso ano novo pessoal para isso. Vamos pedir pelo coletivo, onde todos estão incluídos e não há como ninguém ficar de fora deste 'grande barco'.
As adversidades, os problemas, os obstáculos no caminho trazem desafios e superação. Nos torna mais experientes, fortes e determinados. Mas alguns problemas no mundo são desnecessários para aqueles que pertencem à espécie racional...
Enquanto celebramos, centenas de pessoas choram e sofrem! Utilize deste momento em que você flui uma energia tão boa e se lembre de seu irmão...
Vamos vibrar pelo fim das guerras que dizimam tantos inocentes que muitas vezes nem levantam a mesma bandeira dos que guerreiam... A guerra não apenas ceifa vidas: afeta o meio ambiente, desestrutura famílias, abala a economia...
Vamos vibrar pela inconcebível realidade de tantos que estão sujeitos diariamente a fome... Um mundo tão grande onde há tanta terra fértil e tantas mentes brilhantes capazes de encontrar soluções, e tantas barriguinhas doendo ainda por fome...
Vamos vibrar não somente por justiça, mas também pelo que é justo! É justo que quem plante, colha... Que quem vende, receba... Que quem compre, pague... Mas não é justo que tantos precisem de tantas coisas e não possam ter por não possuir a quantia necessária, ou as mesmas oportunidades, ou o mesmo nível social.
Vamos vibrar para que os chefes de estado possam receber a graça de serem iluminados... Para que o coração deles seja comovido e eles parem de trabalhar em prol das próprias ambições egoístas e assumam seus cargos para o povo e pelo povo.
Vamos vibrar pela Natureza. Devastada a cada dia mais pelos caminhos que os homens trilham, pela ganância, pelo egoísmo e falta de respeito pelo outro... Para que as abelhas, as libélulas e os vaga-lumes possam ser vistos novamente... Para que as flores brotem sempre em qualquer lugar onde sua semente pousar... Para que os passarinhos cantem mais e convivam conosco... Para que a Natureza continue nos favorecendo e permitindo que nossa raça ainda exista.
Vamos vibrar pelos tantos doentes pelo mundo. Os feridos de guerra e de confrontos, os doentes terminais, os contaminados por males ainda sem cura, pelas almas feridas... A humanidade precisa urgentemente da cura para que as futuras gerações mantenham a tradição da Confraternização Universal...
Vamos vibrar pela Esperança, pelos sonhos e utopias... Para que um dia seja real! Para que os muros e fronteiras caiam de vez, para que cada um saiba seus limites, para que as crianças possam descobrir a maravilha que é este mundo com liberdade, para que os idosos possam deixar seus legados e partir em paz, para que as mães não pranteiam mais pelos seus filhos, para que os filhos sejam enterrados depois, bem depois dos pais.
Eu vibro com toda a intensidade do meu coração, para que você que está lendo agora esta mensagem receba meus melhores desejos. Para que sua vida esteja aberta para o novo que vem a cada amanhecer... Para que as oportunidades venham e torne tudo novo...Para que sua mesa seja sempre farta a ponto de você dividir... Para que sua saúde seja sempre revigorada para que você apóie seu irmão... Para que a paz e o amor estejam sempre presentes para que você possa cumprir sua Lenda Pessoal... Para que sua Esperança jamais se apague e o mundo tenha a chance de ser melhor.
Eu desejo a você uma vida plena das venturas dignas de um ser humano. E que a Luz e a força que emana de cada um de nossa raça humana seja capaz de enfrentar as barreiras e mudar o que já deveria ter mudado.
Eu desejo que você seja incrivelmente feliz, e assim sendo, tenha certeza: eu também serei!
Pois tudo o que desejei é contagiante, se espalha e alcança todos.
Receba meu abraço forte e cheio de amor... Receba tudo de melhor que eu gostaria de receber!
Um Feliz 2009!
Seja abençoadamente feliz!
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Quero deixar para reflexão uma carta que amo muito, e embora narre uma situação específica e tenha ocorrido a muito tempo, continua atual. Através dela eu peço: não vendam suas almas, seus sonhos e seu chão que é este planeta onde toda nossa raça tem por casa.
A Carta do Cacique Seattle, em 1855
Em 1855, o cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o Governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz mais de um século e meio. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade. A carta:
"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.
Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens.
Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe.
Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."