ANO NOVO

ANO NOVO

A expectativa de um novo ano, leva a cada um de nós a sonhar com dias melhores, onde estejam presentes a paz, a concórdia, o amor e caridade e que a moralidade e a honestidade se tornem regra e não exceções.

Assistimos a uma escalada de violência em todos os níveis sociais onde tudo é tolerado, em nome do "direito de liberdade e expressão", pois se sabe que o direito de um termina onde começa o direito do outro.

A "Lei de Gerson" parece ter sido legitimada, pois em todos os setores da vida social campeia a desonestidade, principalmente na classe dominante, onde a justiça passa ao largo, sendo ínfima a procentagem dos delinquentes dessa categoria que foram presos ou condenados. Já os considerados pobres e excluídos, estes sim são alcançados pela mão da justiça. Os presídios estão abarrotados de pobres e negros. Seus crimes são considerados brutais e eles são rotulados de perigosos, por isso precisam ser trancafiados.

Em muitas regiões deste imenso Brasil são cometidos assassinatos frios, latrocínios, sequestros, estupros, destruição da natureza, mas os criminosos, os autores dificilmente são identificados, por conivência da própria justiça e quando são identificados é uma dificuldade para provar o que é notório, o que a mídia cansou de denunciar, entretanto para os pobres o furto de uma mera chupeta é razão suficiente para que sejam presos.

Sonhar é preciso e sonhamos que no novo ano ou quem sabe, algum dia a justiça seja realmente cega e não vesga como a temos visto e sentido e que todos realmente sejam iguais perante a lei ou que o "crime" tenha o mesmo peso e medida para pobres e ricos, dirigentes e dirigidos, homens e mulheres, brancos, amarelos e negros.

Será isso utopia? Certamente não! Se o homem não tivesse sonhado bem alto, ainda estaria vivendo nas cavernas; sua utopia nos proporcionou tudo o que está ao nosso redor, portanto continuemos a sonhar, pois o que hoje nos pertence e é do nosso conhecimento, no futuro, para os seus habitantes será simplesmente "coisa do passado".

jose benedetti netto

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 29/12/2008
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