O VERDADEIRO SIMBOLO DA VIDA
O VERDADEIRO SIMBOLO DA VIDA
Por muitas décadas, o homem não deu a devida importância para os valores ambientais. A partir da primeira Revolução Industrial, o meio ambiente começou a sofrer diversas transformações e impactos, pelo aumento da produção agrícola, industrialização, entre outros fatores. Sem o devido cuidado do homem com o uso sustentável dos recursos naturais. Além disso, com o desenvolvimento do comércio, das indústrias e manufaturas, as principais cidades se tornaram super populosas e com a alta demanda de produção dos bens e meios de consumo, houve a criação da produção em série, até então realizada manualmente. Trazendo o homem do campo para a cidade.
Nessa ordem, junto com a alta produção e utilização dos meios naturais, acrescido do fenômeno da urbanização, a população começa a conviver com uma poluição crescente nas grandes cidades e nos rios e reservatórios de água. Com o século XX vemos a expansão desses segmentos industriais “chocantes” do ponto de vista ambiental, econômico e social, como por exemplo, o automobilístico e a siderurgia.
Após um longo período de devastação e utilização dos meios naturais, entre as duas grandes guerras mundiais, em 1972 na cidade de Estocolmo, na Suécia, houve a Primeira Conferência Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que contou com a presença de diversos chefes de estado, que se reuniram para discutir e colocar em pauta a preservação do meio ambiente nas Negociações Internacionais para minimizar conflitos causados pela poluição entre os países europeus num primeiro momento- fenômeno hoje conhecido como “poluição transfronteiriça”.
Essa 1ª Conferência tem um importante papel na formação da área ambiental, dela derivaram os principais órgãos e legislações para criar as condições iniciais para a governabilidade deste assunto nos países. Já nos anos 80, foi criada pela ONU uma Comissão para reparar um documento inspirador da próxima Conferência, que viria a se realizar em 1992, denominada RIO92- Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD),. Foi produzido um documento referência da área ambiental, denominado “Our Common Future” - Nosso Futuro Comum-, também conhecido como Relatório Brundtland.
A RIO 92 realizou um balanço geral do que havia sido feito nos 20 anos passados e produziu importantes resultados: a Agenda 21, a Convenção da Biodiversidade, Convenção do Clima e a Convenção Contra o Desertificação, como instrumentos de orientação, apoio e enfrentamento inicial de importantes problemáticas ambientais para o Século XXI. Após 92, foram realizadas a RIO+5 no Rio de Janeiro e a RIO+10 - Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável-, em Johanesburgo na África do Sul. Ambas com a meta de discussão, e avaliação das propostas da RIO 92 e da implantação da Agenda 21. A RIO+20 será uma grande Conferência de início do novo século, para avaliar como está a implantação da Agenda 21 e os rumos da sustentabilidade e da expansão da economia verde no planeta.
O VERDADEIRO SIMBOLO DA VIDA
Desde os tempos ancestrais a árvore foi considerada o símbolo da vida. A floresta se fazia presente nos contos e estórias. A mim, particularmente, trago na lembrança o filme sobre o Rei da floresta – Tarzan.
A saga deste herói me atraía imensamente, principalmente o seu “universo africano florestal” com seus imensos animais, árvores gigantescas, rios perigosos, abismos infinitos, vales férteis, cavernas secretas, povos ancestrais etc. e o mais romântico – a Casa construída em cima de uma árvore.
Tarzan, filho de aristocratas ingleses que desembarcaram em uma selva africana após um motim. Os pais foram trucidados por selvagens, e um gorila que havia perdido seu filhote o criou.
É enorme a força vital das árvores!
A poluição das grandes cidades podem deixar qualquer pessoa sem energia. Existem vários métodos para repor o vigor e encontrar o equilíbrio da mente, uma delas é abraçar uma árvore quem abraça árvores em busca de novas energias, garante que não há mistério. "Para se conectar a pessoa precisa se desligar dos problemas, colocar os pés na terra, ouvir os sons da natureza, canto dos pássaros, vento nas folhas, sentir que ele e natureza são um. O ideal é encontrar uma árvore com a qual se identifique..
"A pessoa deve se aproximar de uma árvore grande e frondosa a qual ela se afine energeticamente", é o que explica José Douglas, professor de Tai Chi Chuan.
Os praticantes revelam que é preciso que todo o corpo entre em contato com o tronco. Testa, tórax, ventre, e principalmente, a coluna não devem ficar de fora. O recomendado é ficar em contato com a árvore por cerca de cinco ou dez minutos. "Depois deverá agradecer a natureza a oportunidade de receber e trocar suas energias com a da árvore", lembra José.
A terapeuta holística Helena Lambrou. revela que as plantas que já foram machucadas não são recomendadas: "As com casca arrancada ou marcadas com escrita e desenho passam a ser hostis. “Árvores com fungos ou buracos estão doentes e devem ser evitadas”, completa. Os especialistas garantem que não somos nós que escolhemos as árvores, são elas que nos escolhem. Helena Lambrou conta que ao abraçarmos uma árvore sentimos os nossos pés afundarem da terra, como se criassem raízes. "Um fluxo de energia corre através das mãos encostadas no tronco por todo o corpo", ressalta a terapeuta.
"Depositamos todas as nossas energias perversas: dores, raiva, ódio, ansiedade etc e recebemos amor, carinho, paciência, resignação e compaixão, características dos elementos naturais", complementa José Douglas. O resultado dessa troca não poderia ser outro a se não tranquilidade. Helena explica: "O fluxo renova nossas energias, muda nossos padrões vibratórios e mentais. Mudando-se o padrão, automaticamente vemos melhora até no nosso humor. O corpo fica mais leve, nossos movimentos menos bruscos. Algumas pessoas se curam de depressão". O professor de Tai Chi Chuan afirma que a natureza é fundamental para a nossa sobrevivência deixamos o que é ruim e ela libera para nós as energias boas.
Segundo os especialistas, o que ocorre quando abraçamos uma árvore é uma troca de energias. Helena expõe que não é energia boa ou ruim, somente energia velha. "Ela (a árvore) não fica com as energias piores; A energia velha é aterrada com as raízes e vai para a terra". Já José Douglas diz que há energias más. O que acontece é que a natureza sabe como aproveitá-la. “As energias perversas que depositamos na árvore serão absorvidas e transmutadas para serem utilizadas por outros seres humanos, animais etc, que necessitem das mesmas”. Para finalizar, Helena garante que a pessoa que quiser ter a experiência não pode criar expectativas, precisa deixar acontecer. “Normalmente é uma surpresa o “chamado árvore”. Pode até ser uma que cruze o nosso caminho todo dia. Não prestamos atenção, mas ela já nos conhece“.
A Árvore da Vida
E formou o Eterno Deus ao homem (Adám), pó da terra, e soprou em suas narinas o alento da vida; e foi o homem alma viva. E plantou o Eterno Deus um jardim no Édem, no oriente, e colocou ali o homem que formou. “E fez brotar o Eterno Deus, da terra, toda árvore cobiçável a vista e boa para comer, e a árvore da vida (estava) dentro do jardim, e a árvore do saber, do bem e do mal”. Gênesis – vers. 2 – Berechit. A Árvore da Vida é um dos conhecimentos esotéricos mais antigos e fascinantes. É a origem de todas as Analogias entre o humano X divino. É a chave para o entendimento da Criação e da psique humana. É um sistema filosófico. Sua origem é atribuída a uma tradição do povo judeu, pois os nomes das esferas (Sephirot) que conhecemos atualmente estão no idioma hebraico. Entretanto, o conhecimento cabalístico data do Antigo Egito, onde Moisés consagrou-se Sumo Sacerdote e absorveu este conhecimento que também é exposto em algumas partes do Livro dos Mortos do Antigo Egito:
A Metáfora Espacial revela a força que as dimensões espaciais possuem em nossa interpretação do mundo, assim como pode nos ajudar a entender suas conotações arquetípicas. Os conceitos de “acima” e “abaixo”, por exemplo, possuem numerosas associações conotativas que tem um caráter universal.
A árvore da Vida dos Cabalistas, cujas raízes estão em Malkut, ou reino e o topo em Kether ou a Coroa, a indica uma conexão entre os mundos superiores e inferiores. Tal conexão se torna possível por meio de uma terceira estrutura da árvore, o seu tronco. É através do tronco que podemos ascender da raiz à copa, do mundo material ao mundo espiritual.
No corpo humano, o simbolismo vertical de conexão entre os mundos aparece na coluna vertebral, que representaria a idéia de progresso moral e espiritual, servindo de conexão entre as funções inferiores (sexualidade, atividades de liberação de toxinas) e superiores (conhecimento, iluminação espiritual). Dessa forma, assim como o tronco, a coluna vertebral torna-se um símbolo de transcendência ou transformação.
A Yoga, entende-se ser necessário o despertar da energia Kundalini, localizada na base da coluna vertebral e representada por uma serpente. Essa energia associa-se fundamentalmente as forças da terra, as necessidades básicas de sobrevivência como comer e reproduzir e aos sentimentos de manutenção das condições necessárias para isso, sua força de ação fundamenta-se no contato do corpo com o solo através de pernas e pés. O despertar da Kundalini tem por finalidade a condução dessa energia coluna acima, a fim de que ao subir pela coluna ela desperte vários centros espirituais (Chacras), até atingir o mais alto deles, o “Lótus de mil pétalas”, localizado no topo da cabeça, e assim, promover a conexão entre os dois níveis da existência.
O ser humano é o ponto de encontro entre o Céu e a Terra; É uma imagem da criação, e por essa razão pode ser entendido como uma árvore em miniatura completa mas irrealizada, o homem tem a escolha de elevar-se galgando os próprios ramos, até atingir o derradeiro fruto” (Z’ev ben Shimon Halevi, 1991). Nesse sentido a coluna vertebral, como símbolo correspondente ao tronco da Árvore Sagrada, nos torna um símbolo vivo da dinâmica universal e nosso próprio veículo de ascensão aos níveis superiores da existência.
A partir dessa concepção talvez seja mais fácil compreender o fascínio infantil por “subir” em árvores, esse exercício único que nos permite atingir a copa, os galhos mais altos por nossos próprios méritos, e de lá descortinar o mundo, ou colher o fruto do nosso esforço, compartilhando o espaço com os passarinhos – os seres de asas, aqueles que atingem as alturas – conhecer o inacessível e tornar-se uno com ele.
Árvore põe igualmente em comunicação os três níveis do cosmo: o subterrâneo, através de suas raízes sempre a explorar as profundezas onde se enterram; a superfície da terra, através de seu tronco e de seus galhos inferiores; as alturas, por meio de seus galhos superiores e de seu cimo, atraídos pela luz do céu.
Simbólica: raízes (terra); galhos (céu) — universalmente considerada como símbolo das relações que se estabelecem entre a Terra e o Céu. É feminina, nutridora e possui ainda uma imagem de quem abriga se assemelhando à Grande Mãe, enraizada no chão com seus galhos alcançando os céus, sendo evocativo da eternidade. Seu verde simboliza imortalidade.
Entre os celtas, o culto do carvalho pelos druidas é bastante conhecido; em Uppsala, a velha capital religiosa da Suécia, havia um bosque sagrado onde todas as árvores eram consideradas divinas; os eslavos cultuavam árvores e bosques sendo que esse culto ocupava uma posição de destaque entre os cultos druidas e lituanos. Divindades femininas freqüentemente eram veneradas como árvores, daí por vezes, o culto das árvores e florestas sagradas. Para o primitivo, o mundo em geral é dotado de alma, assim, as árvores e plantas também a possuíam.
A vida humana, o desenvolvimento e o processo de transformação da consciência as vezes são simbolizadas pela árvore, que tem um significado mítico de guardiã do tesouro. O que é necessário que se atente é que a árvore não é a mãe, mas uma simbólica do arquétipo materno e a imagem da árvore envolta pela serpente é um símbolo da mãe protegida pelo medo do incesto. Existem vários mitos descrevendo os homens nascendo da árvore e a presença de uma fenda, já é suficiente para relacioná-la à mãe, pois a fenda equivale ao útero. Os Xamãs enterram seus mortos em troncos e o sepultamento em árvores tem o simbolismo de ser encerrado na mãe para poder "renascer. "
Os sacerdotes druidas, inspirados na magia das árvores dos bosques, interligaram as pessoas aos espíritos protetores das árvores e as fases da lua.
Não era baseado na passagem da lua pelos signos, mas na característica de cada fase lunar que estava mais forte naquela árvore específica.
Do mesmo modo que deram um significado a cada fase da lua, deram um novo significado também a cada árvore e o atribuíram a cada lua segundo suas propriedades mágicas.
Dentro da tradição espiritual e mística celta, os bosques funcionavam como verdadeiras catedrais e templos naturais nos que realizavam suas festas, rituais e cerimônias.
Os Celtas viam na árvore não só a essência da vida, mas um recurso para prever o futuro.
Curiosamente este meio tão primitivo era considerado pelos druidas o mais eficaz à hora de estabelecer um prognóstico sobre o destino que espera qualquer ser humano.
Ao observar todo conjunto da árvore, desde suas raízes que se fundiam com a terra até a copa mais ou menos frondosa, o que aconselhavam era manter a vista elevada, permanecer bem apoiado ao solo e ter em conta que a natureza é tão inteligente que no tempo de caída das folhas se segue o da neve, as quais proporcionam a aparição dos melhores brotos. -
Chega então a época da fertilidade e do renascimento da vida. -
Desde o principio dos tempos, a árvore manteve uma relação com o ser humano celta, proporcionou o primeiro lar, lenha, sombra e alojamento para as aves que podiam transformá-las em caça para alimentar a tribo.
No entanto, os druidas consideravam que a relação podia ser mais íntima, tinham em mente que cada homem ou mulher levava em seu interior uma árvore, pela qual alimentava o desejo de crescer de melhor maneira. -
Na realidade a árvore supria seu protetor de todo o material e espírito dos seres humanos celtas.-
A árvore articulava toda a idéia dos cosmos ao viver em uma contínua regeneração. - Ademais nela os druidas contemplavam o símbolo da verticalidade, da vida em completa evolução, em uma ascensão permanente até o céu.-
Por outra parte, a árvore permitia estabelecer uma comunicação entre os três níveis dos cosmos: o subterrâneo, por suas raízes que não deixavam de sugar nas profundidades para saciar a contínua necessidade de encontrar água; as alturas, através da copa e dos ramos superiores, sempre reunidos na totalidade dos elementos, a água que flui em seu interior, a terra que se integra em seu corpo pelas raízes, o ar que alimenta as folhas e o fogo que surge de sua fricção.-
Os celtas conseguiam o fogo friccionando habilmente uns ramos, entre as quais haviam introduzido erva seca ou palha-
Eles reconheciam o poder dos Deuses em cada árvore e assim o consagravam a Ele.
No Séc. V quando São Patrício foi a Grã Bretanha com a intenção de cristianizar a região, mandou derrubar as árvores porque sabia do reconhecimento delas como lugar de meditação e espiritualidade.