Palavras que machucam...
As palavras podem machucar e causar profundas seqüelas na alma.
Época do colegial, eu e mais três amigos fazíamos trabalho em grupo, porém, um deles não conseguia concluir sua parte.
Auxiliamos, instruímos, incentivamos e nada do amigo obter sucesso. Em dado momento, ao perder as esperanças de concluir seu intento, o colega explodiu e começou a gritar:
Não consigo, não consigo, sou um inútil!
Após retemperar as energias refazendo-se da forte emoção, nos contou que no momento do nervosismo, veio a tona a imagem de seu pai – homem autoritário – a lhe empunhar o dedo chamando-o de incapaz.
Nosso amigo há muito sofria com o eco daquelas palavras em sua mente, a toda provação, enxergava em sua frente o pai a lhe chamar de Incapaz.
Por isso, sou fã confesso daqueles que promovem o progresso do ser humano.
Sou fã das palavras sinceramente incentivadoras que atuam como mola propulsora a despertar potencialidades.
Palavras afáveis, leves, amigas que causam-nos deliciosas sensações.
Fico a imaginar a avalanche de emoções que sente uma criança quando vê seu orientador – que em realidade deveria guiá-la com coerência – chamando-a de inútil.
É sem dúvida um triste golpe para o inseguro coração infantil!
Mais complicado fica quando essa criança cresce e torna-se um adulto sem iniciativa, apático, com medo de tudo e todos, com baixo auto estima a acreditar nas palavras proferidas por aqueles que deveriam auxiliá-la na delicada fase da infância física.
Eis questão para refletirmos com gravidade:
Como estamos guiando nossos pequenos, almas inseguras a lutar pelo seu espaço;
Com palavras afáveis e incentivadoras?
Ou:
Com palavras duras, rudes a descontar nosso descontentamento em suas ingênuas atitudes?
Pais, educadores, evangelizadores, somos todos responsáveis por auxiliar no burilamento dessas jóias que construirão o futuro de nosso país.
Portanto, cabe a nós o esforço por transformá-los em criaturas confiantes, com iniciativa e prontas para alçar vôos no campo do bem.
Pensemos nisso!