VIDA À DERIVA
O que, mais, se esperar
Desta vida insígnia
Do mal ao pior, fundida,
Pois tanta coisa insana
Já aconteceu e acontece, e,
A acontecer, continuar-se-a...
Fugiu-se do controle e
Do bom senso, pretenso,
Por se bém pensar ou não,
No que, feito se deve ser...
E, eis aí, a razão de tudo,
Desse descontrole torpe,
O homem se fecha em si mesmo,
Entre porta e janela de seu ser,
Em frio ou calor, bonanza ou tempestade,
E dificulta-se, por se salvar a si,
A sua frágil vida que, a perigo
Sempre esteve, está e estará,
Da deriva fútil de si mesmo.