Estou cansada de historias tristes, das mazelas humanas
    que tão somentem acentuam suas vidas miseráveis.
    Farta de ouvir trágedias alheias, exausta em ouvir relatos
    de quão tão díficil é a existência humana.
    Aborrecida com índividuos que pontuam a historia de sua
    existência em tom drámatico.
    Indignidada com a filosofia feita que invocam o nome de
    Deus.
    Poderia aqui narrar minha existência e o quão dramático
    o foi até os dias atuais.
    Sem paciência para aqueles que teimam em rezar a ladainha
    do abandono.
    De olhos fechados e ouvidos surdos para aqueles que teimam
    em narrar fatos que já não mais pertencem ao presente.
    Abismada com a pobreza de alma de alguns que se glorificam
    sobre sua tragetória pessoal.
    Enjoada dos noticiários e seus apelos sensacionalistas sobre
    a violência.
    Não tardara e logo surgira alguém atribuindo milagres e san-
    tidade a moça assasinada pelo namorado em Santo André.
    Já existem aqueles que aplaudem e rasgam o véu do anonima-
    to para parabenizar os familiares pela doação de orgãos.
    Tenha dó, ninguém analisa o emocional do transplantados e o
     quanto isso pode afeta-los a longo prazo.
     Depois diz o ditado, fazer o ben, não olhar a quem.....
     Mas sera um ditado de valia ou de perjúrio, não sei mais.
     Nos preocupamos tanto com a vida do outro, quem nem nos
     damos a dignidade de auxiliar quem esta próximo de nós.
     Sinto asco de uma sociedade voltada ao consumismo e ao ape-
     go da midia.
     E na real cansadíssima de ouvir historinhas de quanto o so-
     frimento enobrece o homem.
     E na minha visão agressiva e fria nada enobrece de fato a
     pessoa se ela não arregaçar as mangas e ir a luta.
     Podemos passar a vida nos colocando de vítimas e ter fiéis
     seguidores.
     Ou provocar os politicamente bondosos e agirmos de encon-
     tro aos nossos objetivos.
     Eu, tu, ele, nós, vós, eles trazem em sua bagagem humana do-
     res, dissabores, alegrias e nostalgias.
     Não nos diferenciamos na cadeia alimentar exceto pelo angu-
     lo que olhamos.
     Sinceramente cada qual com sua teorias e conspirações, cada
     qual compra um ingresso no espetáculo da vida e se coloca no
     papel que mais enquadra as suas neuroses.
     Mas, por favor deixemos de sermos vítimas de um sistema
     para agirmos como semeadores de uma vida melhor.
     -camomilla hassan-
     
     
     
    
   
CAMOMILLA HASSAN
Enviado por CAMOMILLA HASSAN em 12/11/2008
Reeditado em 18/11/2008
Código do texto: T1280403
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