FAÇA COMO AS SEMENTES

Uma semente que se seca

E que com o tempo se apodrece

Tem o segredo da vida

E dele nunca se esquece

Enquanto perde o seu corpo

Repete o segredo baixinho

Na escuridão de seu túmulo

Pois acredita piamente

E contra toda esperança

Que grandes trevas e apertos

Não poderão sufocar

Sua vocação para a vida

Ainda que venha a seca

Mesmo se a chuva tardar

Verá aurora e arrebóis

Estrelas que brilhem na noite

Pássaros passando a cantar

Se qual semente isolado

E entre trevas ingentes

No aperto se encontrar

Faça como as sementes