MENTES HUMANAS

A mente humana divaga mundos desconhecidos

Percorre o além e o aquém, o infinito e outras dimensões.

Percorre caminhos nunca trilhados pelo corpo físico.

Caminha em dimensões extra-sensoriais.

Divaga em mundo de sonhos e sons perdidos num além infinitamente longe dos nossos olhos e percepção.

A mente caminha em busca de sua totalidade, de seu encontro finito, certo, onde seus sonhos se tornem realidade.

Onde o nosso verdadeiro eu será a imagem verdadeira do deus desconhecido.

Onde seremos como o tempo, sem espaço para ser, sem tempo para sentir o seu próprio peso.

Divagando o além encontramos as respostas para todos os nossos falsos atos de vivência, da incoerência, da falsidade, da torpidez e inércia do nosso viver.

Nunca nos encontraremos dentro desse falso mundo onde a matéria predomina.

Onde a carne é o êxtase total da vivencia.

E o prazer é a busca desenfreada de sermos corpos unidos em corpos numa união

sem razão de sermos

Apenas sentindo o ato em toda sua extensão.

Buscar o prazer e deixar que o mundo interior viva o seu momento, seu clímax total, sua interação e integração de almas, não apenas o clímax da carne.

Seria gerarmos vidas sem o conteúdo verdadeiro, sem a busca da verdade, do infinito, do perdido que um dia será encontrado dentro de cada ato.

A mente cansa de buscar o infinito.

Tornamos parias de nós mesmo, do nosso verdadeiro tempo, do nosso âmago, do eu

que cansa de lamentar o desconhecido, dos passos inertes, cansados, das mentesestúpidas que não sabem caminhar em busca de si para uma elevação maior com o

encontro da unicidade.

Somos o que somos no momento exato, no momento de sermos vidas e gerarmos vidas.

Somos o que pensamos ser em todos os momentos.

Mas muitas vezes não somos, nada deixamos que mostre nossa vivencia, nossa passagem pelos caminhos da vida.

Perdemos muito tempo em divagações.

O medo de percorrermos o nosso mundo, o além de nós e que nos entorpece diante à nossa verdadeira imagem, diante o nosso verdadeiro caminho e vida.

Somos aquilo que o momento nos oferece com toda sua essência, mas muitas vezes

não estamos preparados para vivenciá-los em sua total integridade e nos

perdemos em caminhos do nada e da iniqüidade.

Temos que buscar o maior desenvolvimento de nossa mente, pois os caminhos se divergem e são infinitos, mas muitas vezes inatingível pela nossa capacidade de

não percepção.

É esvaziarmos de nós mesmos, dos nossos condicionamentos e nos colocarmos vazios para que possamos receber da existência tudo o que necessitamos para o nosso engrandecimento e termos uma consciência maior da realidade de todos os

mundos que nos rodeiam, até os inatingíveis.

Mas em nossa mente existe o todo e todas as possibilidades de sermos íntegros, unos a toda natureza e conhecimentos com suas sabedorias necessárias para um fluir melhor nesse tempo de transição e renovação.

De todos os conceitos que mudam lentamente para um viver melhor e sermos o que somos na total integridade de nós mesmos.

Basta abrirmos e deixar fluir. Esvaziarmos para receber. Permitir para que possamos chegar a interação com o

Todo cósmico e suas fluências que só nos faz o bem.

Abra-se e se permita e deixe acontecer.

Acorde para você mesmo e perceba a sua capacidade total em se fazer a cada amanhecer e que você pode transmutar tudo. E não permita que os velhos

conceitos venham limitar a sua capacidade de ser total e uno

Com toda a verdade.

Zelisa de Camargo

24.02.75/2002

ZEL
Enviado por ZEL em 05/01/2005
Código do texto: T1184