SIM SENHOR
Que estupidez! Abril de 2.004 e ainda se ouve e até se vê por aí (por aqui certamente não), pessoas que administram e tem poder de decisão, que tratam seus empregados como seres inferiores, que não pensam e não tem inteligência, que se tiverem juízo devem obedecer ao chefe, mesmo que sua ordem seja uma tremenda furada.
Enquanto as coisas vão indo, tudo bem mas se algo dá errado, não tenha dúvida que deve haver um culpado, ele é selecionado e castigado com advertência verbal (seu asno!), advertência escrita, suspensão e até demissão.
O curioso nisso é que em muitas casas, o patrão contrata e paga um monte para um monte de imbecis fazer o que ele quer. Chega o momento em que o mercado dá preferência aos produtos do concorrente e aí o espertalhão tem a brilhante idéia em contratar uma consultoria.
A consultoria deita e rola nessa situação, mostra ao patrão que seu negócio está inchado e tem que reduzir custos ou aumentar a receita. Como a corda sempre rebenta do lado mais fraco, lá se vão dezenas de empregados para rua.
Mais algum tempo e esse negócio vai de mal a pior e o que o senhor proprietário, sabe tudo, perfeito, comenta com seus credores e interessados é que o governo..., os impostos..., a importação...., que os concorrentes sonegam e por aí afora.
Enquanto isso os estrangeiros vão tomando conta do nosso país, são donos de tudo, toda nossa riqueza é transformada e o lucro obtido é remetido para fora.
Quem sabe nossos jovens hoje sofrendo as conseqüências do desemprego e da falta de oportunidades no mercado de trabalho, possam modificar esse quadro e dar um basta nessa situação, recuperar nosso espaço e fazer com que o Brasil volte a ser de brasileiros. Nossa geração passou por muitas transições e de certa forma foi omissa, submissa e egoísta, não se atentou quanto ao momento que hoje vivemos. Nunca nos preocupamos com planejamento, futuro e nem mesmo com o comportamento político.
Nossa esperança é que os jovens reajam e diga não senhor, porque nosso sim senhor acabou com o futuro e a expectativa da moçada.
vladis.fernan@globo.com