Borboletas e a vida
Na natureza, existem criaturas que vivem na escuridão de cavernas, em fundas tocas, nas profundezas do mar ou incursas no solo. Não suportando nada que altere as condições vulgares em que estão “confortavelmente” ambientadas.
Semelhante a isso, vemos pessoas ensimesmadas, insuladas nas cavernas do ego, enfurnadas em “verdades “ próprias, soterradas em dógmas particulares, afogadas em cismas e preconceitos. Esclarecimentos lhes fere a visão, ponderações lhes ofende a audição, pensamentos divergentes lhes irrita a percepção. Tudo e todos devem se adequar e submeter a seu mundo íntimo. Não toleram, não transigem, não mudam.
suscetíveis, melindrosas... Cristalizam-se em seus conceitos, tentam impôr aos outros a sua forma de pensar. Ante a impossibilidade de subjugarem a realidade, tornam-se escravas de si mesmas, julgando-se injustiçadas, incompreendidas, afrontadas.
Diverso de tudo isso, a natureza nos brinda com um exemplo inverso, o das borboletas, que não tardam mais que o necessário em seu casulo. Rompem a clausura e alçam vôo para a vida como ela é.