VENCENDO GIGANTES

Quem vive num descanso inacabável

Quem nunca se move em situação qualquer

Quem nunca chora um choro inconsolável

Não sabe o que é crescer, viver, sequer

Quem descansa à sombra da pedra no caminho

E quando vê o inimigo corre e esconde

Quem nunca quis sofrer, estar sozinho

Da própria existência perde o bonde

Que venha o gigante vil e que amedronte

Pois pedras lisas do ribeiro irá enfrentar

E quando, tolo, pensar que vai vencendo

E se arrogar de, então, me ver sofrendo

Simbilante pedra aguda irá cravar

Por entre a armadura, em sua fronte