A despedida de mim mesmo
Ontem despedi-me de mim, mandei embora mais uma vez meu eu, que tanto me atormenta, após vários anos escondido quase morto, por distração ele resurgiu, e mais uma vez bagunçou toda minha vida.
Sempre que ele consegue fugir de seu cativeiro (um monte qualquer em qualquer lugar), trás consigo, sentimentos que não posso controlar e perco por completo o controle de tudo que está a minha volta.
Ontem me despedi de mim novamente, não sei quando ele volta, ou se volta, mas é melhor assim. Hoje sou o mesmo de dias atrás, Seco, Duro, insensivel, morto...
Prefiro continuar assim, a vida se torna mais facil para mim, sempre tive muito pouco das coisas boas, e com o meu outro eu por perto a esperança de ter um pouco mais de certas coisas, me faz sofrer além de minhas forças.
Eu sou hoje uma pedra, que até mesmo a água, com sua toda sua sabedoria, desiste de bater na tentativa de lapidar.
A despedida de mim foi dolorosa, chorei comigo mesmo a perda mais uma vez da esperança de ter felicidade, mas melhor assim, passo novamente a viver a realidade nua e crua das coisas, e como eu compreendo a vida, sempre dura como a rocha.
Assim vou levar a vida daqui para diante, e o eu guardado não mais vai retornar.
quem acompanha meus textos, verá daqui para diante, não um lamento, mas, a dura realidade de minha vida, seca.
esta é A DESPEDIDA DE MIM MESMO.