A triste e amarga degeneração de um escritor enfermo.
Esta é a crônica que venho evitando publicar por entender estar assumindo a minha derrocada devido ao avanço do Mal de Parkinson, doença que se faz presente em minha vida há oito anos.
Evidentemente que não se trata de justificativa para a perda de qualidade dos meus textos, já constatada por mim, em razão da morosidade em agrupar os pensamentos e de digitar os trabalhos, inclusive no momento da revisão. A finalidade precípua é tão somente dar uma satisfação aos leitores, principalmente aos muitos amigos que adquiri neste profícuo espaço literário, colocando-os a par da real situação.
Em virtude do grau de cultura e intelectualidade, somadas à boa educação dos participantes do Recanto das Letras, desnecessário se torna a solicitação de compreensão de todos pelas possíveis incorreções que poderão advir.
Ao mesmo tempo, ainda por questões de amizade e respeito que dispenso a todos os escritores e poetas, com os quais permuto instrutivos comentários, estou tranqüilizando-os de que jamais me entregarei à doença a qual, embora minha eterna rival, será combatida com todos os recursos disponibilizados por mim e queridos famíliares, os grandes baluartes da vitória até aqui alcançada.