"Santo de casa não faz milagres "... Deus, sim.

"Santo de casa não faz milagres"... nem nunca irá fazer, porque só quem faz é Deus. A nós cabe somente confiar e entregar pra Ele as nossas mazelas, se dedicar em oração, esperar o seu agir, que não é no nosso tempo e tampouco cumpre as "urgências " da nossa aflição e afobação. No tempo certo, tudo será esclarecido, porque no momento da tribulação, somos acometidos pela cegueira espiritual e inevitavelmente, portamo-nos como "vítimas" das adversidades, isentando-nos da nossa responsabilidade, na maneira como estamos a conduzir nossas vidas. Quase sempre trafegando em vias perigosas (e tortuosas) com o "pé no acelera(dor), fruto da nossa ansiedade em querer chegar.... sabe-se lá onde... fomentando a própria dor e vazio existencial, desalinhados da nossa verdadeira essência, "surdos "... devido ao instinto de rebeldia, reativos por sair colecionando re(voltas), perdidos no caos das revira(voltas). Então, num dado momento em que nos damos conta de que essa via não leva a lugar algum, percebemos que estamos num círculo vicioso e alta(mente ) danoso, que fomos tão irresponsáveis, que derrubamos todas as "placas de sinalização ", avançamos os "acostamentos " e fomos imprudentes em tomadas de decisões, que levaram a fatídicos acontecimentos; excedemos limites e ultrapassamos "semáforos ", quando o ideal era que parássemos... para refletir antes de meramente reagir aos contratempos. No entanto, sempre há tempo para o arrependimento e resignação. Para conter nossa impulsividade e encarar algumas verdades. A mentira é feito um "drink " que depois do primeiro gole perde -se o controle e a sanidade diante dos fatos, que logo vão se concatenando mediante nossa "embriaguez ". Pois não só perdemos a lucidez, como também a vez... de aportar ao mundo todo nosso potencial humano. Quando a "ressaca " vem à tona, teremos de lidar com toda "dor de cabeça ", contabilizar os pre(juízos); se formos sensatos e humildes em aceitar nossas culpas, tomaremos juízo e iremos parar de dar des(culpas) para não agir com coerência e responsabilidade ao trafegar pela longa estrada da vida. Pegar atalhos pode ser uma escolha imatura que só irá atrasar onde precisamos chegar. Para começar, ocupemos o nosso lugar: do lado de dentro. Paremos de delegar aos outros tarefas que só cabem a nós mesmos. Estando "anexados " à nossa essência, seremos nosso melhor aliado. Ainda que estejamos "perdidos ", tudo voltará a fazer sentido, porque assumimos a direção das nossas vidas e saímos do "olho do furacão ". Tenha certeza que Deus nunca saiu do seu lado, é Ele que caminha do nosso lado quando estamos no deserto e também quem proporciona nossa redenção. Não demore para voltar pra casa, sua verdadeira casa: sua morada interna. Feito isso, poderá retornar à casa do Senhor, devotando-lhe todo louvor e adoração, toda gratidão... por nunca desistir de nós, por nos levantar com suas mãos acolhedoras e misericordiosas, ofertando paz e proteção.