A vida é uma viagem!
Quando desembarcamos neste planeta - também um viajante do espaço sideral, por entre infinitas estrelas, sóis e tantos outros corpos celestes -, vindos de nossa primeira viagem no aconchegante útero materno, chegamos nus, sem bagagem, trajes, informações.
Abrimos os olhos a tantas luzes, cores, objetos, pessoas… Uma nova e fascinante etapa dessa nossa jornada se inicia; tudo é novidade, descoberta, aprendizado.
A primeira infância, as primeiras palavras, passos, risos e também lágrimas. Aos olhos de nossos familiares crescemos rápido; ao nosso sentir, achamos que não, e queremos que o tempo passe mais veloz, queremos nos ver logo crescidos, adultos.
Vem a adolescência, as mudanças no corpo que mexem com a cabeça, o primeiro amor e os sonhos que vêm na bagagem desse desconhecido bem-vindo. Mais risos, e também lágrimas, as rosas e os espinhos.
Chega a vida adulta, a faculdade, uma profissão, casamento e filhos, netos… (ou não, a depender do querer e do chamado ‘destino’ de cada um).
Os caminhos se bifurcam, as encruzilhadas, as opções, decisões, umas acertadas, outras não (“faz parte”). Correções de rumo, erros, acertos, mais risos, e lágrimas.
A primeira viagem de carro, moto, trem, navio, avião… sem contar as tantas viagens no pensamento rumo ao mundo perfeito que idealizamos e sonhamos desde os tempos remotos no aconchego daquele útero onde tudo começou para nós.
Por fim, a velhice, derradeira etapa da incrível jornada aqui neste pontinho azul suspenso no espaço sem fronteiras com seus mistérios que queremos tanto desvendar. Então sentimos que tudo passou muito rápido! Ao espelho, vemos as marcas do tempo em nossos corpos, quando por dentro o sentimento parece não corresponder ao que nossos olhos veem. Como essa é uma viagem sem volta e queremos mais, um bis do que de bom vivenciamos nos revigora: temos as lembranças, memórias, recordações, fotos, vídeos, em que fomos ao mesmo tempo autores, produtores, diretores, protagonistas e até coadjuvantes. O filme da nossa vida, nossa mais bela história!
O escritor e político britânico do século XIX Benjamin Disraeli cunhou a célebre frase “A vida é muito curta para ser pequena”, que nos leva a pensar na finitude da nossa existência (ao menos no plano físico aqui na “Estação Terra”) e perceber que não há tempo a perder, o que nos remete ao escritor e exímio orador romano Marco Tulio Cícero, que viveu no século I antes de Cristo e teria dito: “Embora seja curta a vida que nos é dada pela natureza, é eterna a memória de uma vida bem empregada”.
Resumo da ópera da vida: Viver todos os momentos e cada um deles com intensidade e sabedoria, praticando a lei maior “Não fazer aos outros seres vivos o que não desejamos para nós”.