*Nem sempre é fácil*
Os ventos mudam, o tempo muda, e precisamos, infinitas vezes, recalcular a rota, inventar outros começos, reconstruir nosso ninho.
Mas a gente aprende (às vezes, chorando, às vezes, sorrindo), a dançar na chuva, ensaiar um novo passo, cantarolar uma canção imaginária quando a vida não é mais festa e a música para de tocar.
Há dores que nunca terminam, eu sei, mas que a gente consiga ajeitá-las num canto, abrir espaço pra entrada de brisa e sol e ser o que pudermos ser.
Que a gente consiga achar graça nos dias, apesar dos nossos temporais. E forrar o chão de giz, colher flor, inventar jardins, achar beleza dentro da gente, e ser o que pudermos ser, apesar dos nossos temporais.
Porque há 'coisas' que nos deixam, nos causando um vazio sem fim, e há 'coisas' que precisamos deixar pelo caminho, e ser o que pudermos ser, apesar dos nossos temporais..."