Páscoa, paragem não! Passagem.

A cada dia ganhamos de presente

A chance de recomeçar,

O despertar em cada aurora

Pode ser entendido com a alegria

De um ato de ressussitar?

Podemos então considerar que nossos dias

Sejam de Páscoa,

Para que a crucificação e autocrucificação se escasseiem,

E que o amor se fertilize, concebendo e concedendo

O proliferar do perdão.

Que nossa fértil esperança

Encontre sempre motivos

Para se tornar mais e mais esperançada...

Eu sei que a cruz da vida é pesada,

Mas podemos construir a oportunidade

De fazer deste Cruzeiro

Algumas lenhas e mesmo de nós mesmos sentindo pena,

Que tenhamos força para fazê-las incineradas,

À medida que avancemos na evolução de nossa jornada.

Afinal, depois de superar tantos lutos e sepulcros nesta vida

Dos centésimos terceiros dias sepultados,

Sem nos conceder o direito de nos abandonar,

Às correntezas que persistem nos arrastar,

não encontramos outra saída

A não ser tomar as rédeas da vida, com determinada competência, assumir a posse da auto resiliência

Para a cura de nossas feridas...

É somente dessa maneira que conseguimos ir de encontro com a vida que sustenta a vida de nosso coração,

Para depois afirmarmos com certeza

Que obtivemos a proeza de manter

Viva a vida que nos pareceu desvalida, contudo foi acolhida através do apelo de uma oração.

Uma vez vividas essas passagens mantendo viva a chama da vida, ainda que a primavera não seja florida, estaremos vivenciando uma suposta ressurreição.

E por você ter realizado tantas travessias, sozinho consigo, contando com outros, contando comigo...

O fato de ter atravessado é o que importa, é o que faz real sentido.

Posto isso, aproveito o ensejo para nesta Páscoa desejar

Que a fertilidade da prosperidade venha florir e abundantemente frutificar os plantios da sementeira da abundância que consiste semear.

Que Deus, os deuses, os anjos, os arcanjos, os budas e orixás juntamente com todos os Mestres ascensionados unam-se para nos cantar melodiosas sinfonias em luz para que possamos crescer e nos ver ascender sob a jurisdição do Mestre dos mestres Jesus.

Autoria de Maria Márcia Vieira.