ESTRELAS HUMANAS
Heródoto a séculos atrás, na sabedoria filosófica afirmava, que só as mudanças são eternas. Um poeta de vanguarda renascentista baseado nisso, escreveu em uma de suas composições, que não sentimos nem vemos, mas em breve uma nova mudança vai acontecer (velha roupa colorida – Belchior). Outro fator importantíssimo afirmado cientificamente pela ciência, é que somos feitos exatamente igual da mesma matéria que as estrelas. Assim, somos feitos para brilhar.
Então, vamos nos permitir, ser sol.
Andar no calçamento da rua sem pisar em papéis de balinhas e chicletes jogados ao chão, convidar meu par e sair de mãos dadas para assistir ao espectáculo da aurora boreal, ir a escola com meus amigos e assistir também aulas de cidadania,
olhar meu rosto feliz refletido sob a luz da lua na água da lagoa, não ter mais que defender gays, negros, religião, as diferenças existem, mas agora são respeitadas,
aceitar que o belo está na imperfeição e que todo dia é passível de superação,
ter economias suficientes e nas férias passear com meu filho nos parques naturais,
precisar dos serviços públicos e ser atendido pronto e satisfatoriamente, abraçar meus pais, sentar com eles e dizer o quanto os amo, abrir o coração e enfrentar meu inimigo com um aperto de mão, ver em todas os lares as mesas com fartura e qualidade, deixar que a alquimia do sol inude de harmonia meu egocentrismo,
Acordar gritando não à violência, ao preconceito e aos canhões. assistir a paz vagando nas ruas livremente sem humanos do contraditório.
Estrelas humanas, perdoem-me, estava sonhando. Acordei!