O dia D
Eu não vim aqui vingar a raça branca.
Eu não tenho raças no meu sangue.
Eu tenho sangue nas minhas veias.
E nas minhas veias correm sangue.
E o sangue é vermelho como a cor do Poder.
Que só quer sangue e Poder.
Eu sou o dia D.
O dia de Deus.
O dedo de Deus.
Não tenho barbas e nem olhos Azuis.
Eu sou o mar e o verbo AMAR.
O pôr do sol é o porto seguro de todos.
Eu não tenho olho de Hórus.
Eu não tenho olhos negros.
Eu sou o mel do sol.
A menina dos olhos de Deus.
Esqueçam o sul e norte.
Apaguem os numeros existentes nesse chão de gado marcado
(13 anote ai).
Nadam na lagoa santa comigo e 22
Dois patinhos sorridentes.
Porto Alegre nos espera, sem capivaras ou arquivos mortos.
Não me venha com direita e nem com esquerda.
eu já conheço as tuas cordas (ambas) laterais.
Agora, vivemos numa fila horizontal.
Num bondinho do Rio de Janeiro.
De janeiro a Dezembro seguindo a Paz.
Oh, Príncipe da Paz.
Eu sou sol que brilha aqui fora e fora dos templos religiosos
e cultuosos a Ball.
O girassol na sua mão e o anzol.
Não me apresentem Rosas vermelhas
Princípio da árvore do mal de crimes e sujeiras
Na garupa guerrilheira sem Lei de Che.
Eu não vi aqui vingar a raça branca
Eu não tenho raças no meu sangue.
Eu tenho sangue nas minhas veias.
E nas minhas veias correm sangue.
E o sangue que sempre será vermelho, como como a cor de todos os Poderes
que só querem sangue e mais poder.
E o mel desce do sol.
Assim, como leite dos seios de Maria.
Eduardo Leite e DiMaria.
Anjo Celeste na estrada do pôr do sol do Oeste, atrás dos Montes e não das florestas negras e moitas.
Pantera Negra.