Sailor Moon encara o mundo com olhar firme. Nela, um perfeito discernimento entre o que é certo e o que é errado.

 

Para derrotar o mal é preciso que os bons se unam

 

A saga de Sailor Moon, criada no Japão durante a década de 1990 nos mangás da genial Naoko Takeushi, em sua quarta fase (Sonhos) mostra o confronto entre a Princesa da Lua Branca (Sailor Moon) e a Rainha da Lua Negra (Neherenia), ou entre o Bem e o Mal, a Luz e as Trevas. Analisando a figura de Neherenia (também aparece grafada como Nehelenia, mas eu prefiro utilizar o "r" por eufonia), cheguei à conclusão de que se trata de Lilith, espécie de demônio feminino das lendas hebraicas, que habitaria o lado oculto da Lua.

A duologia (filme em duas partes) "Sailor Moon Eternal", de 2021, adapta para o cinema este arco do mangá. Podemos resumir assim: no remoto passado Neherenia fôra selada, com seu séquito maligno, nas profundezas do Reino da Lua Morta ou Lua das Trevas, no interior da Lua Nova, que é o espelho ou inverso da Lua Branca, a Lua de Prata.

 

Neherenia é o oposto de Sailor Moon e talvez por isso a inveje, como se vê pela olhada de esguelha nesta ilustração simbólica. Neherenia é bela porém sinistra, com o olhar pérfido de quem se alimenta da própria maldade.

 

Quando conseguiu romper o lacre, Neherenia, não podendo se vingar do Reino da Lua Branca porque este já não existia, desceu à Terra sedenta de poder e vingança (figura talvez da passagem do Apocalipse onde o diabo escapa das prisões infernais e desce à Terra "cheio de grande ira"), para dominar nosso mundo e confrontar o "povo da Lua Branca", ou seja Sailor Moon e demais "sailors" planetárias. Neherenia mantinha-se em seu grande espelho maligno e seus agentes (o Circo da Morte) espalharam suas manipulações e seus ataques contra Sailor Moon, o Tuxedo Mask e toda a equipe da Princesa da Lua Branca. Entre esses agentes os "lêmures", diabretes em forma de bolas negras voadoras. O poder demoníaco de Neherenia cercou a Terra numa barreira e a fez escurecer, mergulhar numa penumbra que as pessoas não percebiam, pois a Rainha da Lua Negra dominava as mentes humanas mediante pesadelos induzidos: a agressividade e a violência explodiram nas ruas. A humanidade foi sendo zumbificada.

Combatendo este cenário apocalíptico a equipe de Sailor Moon eliminou os agentes do Circo da Morte, com exceção das poderosas garotas do Quarteto Amazonas, pois estas eram na verdade futuras "sailors" relacionadas com os quatro maiores asteroides. Não eram más, tinham sido manipuladas, com lavagem cerebral. Sailor Moon as purificou.

Mesmo porém isolada, Neherenia não poderia ser vencida estando em seu espelho, que podia aparecer em qualquer parte e que ela tinha por inexpugnável. Sailor Moon entendeu que para derrotar aquele mal ancestral teria de expugnar e destruir o espelho.

Abaixo, nesta pequena vinheta do youtube, podemos assistir a cena-clímax de "Sailor Moon Eternal": quando a Guerreira do Amor e da Justiça catalisa os poderes de todas as "sailors" ou guerreiras planetárias do Sistema Solar para conseguir penetrar no espelho, onde se acumulava o mal dos séculos, e confrontar a terrível inimiga da humanidade.

Moral da história bem ilustrada nesta cena: para derrotar o mal, e especialmente o Mal em estado puro, o Mal metafísico, é necessária a união dos bons, união sólida e leal. Desunidos ou desmotivados, os bons não podem vencer.

E também, com o mal metafísico e demoníaco, não se pode negociar; exorciza-se.

Esta a mensagem de Sailor Moon.

 

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https://www.youtube.com/watch?v=PyIukasgBqU