Carências

Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Mt 4:4

A inanição favorece negativamente ao enfraquecimento da máquina corpórea humana, aumentando a probabilidade da dessoma cujo laudo para sepultura pública e legal será chancelado e subscrito pelo facultativo afirmando comprometimento dos sistemas por ausência prolongada de recursos de alimentos.

Na condição atual do Ser humano terrestre, é-lhe ainda indispensável obter energias de modo precário, pela ingesta de alimentos densos com envoltórios diversos, quando por metabolismo peculiar a cargo e direção do sistema digestório, havendo o catabolismo, o anabolismo, a assimilação, fenômenos da digestão, e entrega de dejetos ao imenso e complexo subsistema dos cólons na sua incumbência de receber os resíduos sólidos que por eles transitam até o momento de evacuação, retidos no reto, graças aos movimentos peristálticos.

Seguida à digestão mecânica, justamente a química trata de arrecadar pequenina massa ou pasta fluida para que se lance este resultado no sistema circulatório com suas subdivisões. Nota-se o suprassumo no conteúdo alimentar ou nutritivo em desproporção a quanto de ingesta in natura, fato este que enseja a conclusão de que a qualidade sutil ou energética caracteriza a natureza do Espírito vinculado a um corpo denso – na face da Terra.

Sem que seja regra a generalizar a economia espiritual dos habitantes no orbe terrestre, evidente que os estados dessas entidades não se igualam quanto ao problema de necessidades energéticas, havendo exceções, que já conseguem, posto que aprimorados tecnicamente, obter energias não somente à disposição nos alimentos, mas bem como de outras fontes que promanam da Natureza.

Por via sobretudo aérea, já se tornam aptos a absorver retirando dos vegetais, árvores frondosas milenares, boa parte de fluidos energéticos de que necessitam para o seu consumo diário; igualmente do mar que se impregna de abundantes energias purificadas e salubérrimas à manutenção da higidez dos irmãos da Natureza que dele se aproximem; não sem razão que se recomenda a caminhada a longos haustos em a orla marítima da urbe que seja banhada pelo oceano; que se lhe abeire em contemplação, à tarde para assistir ao show inigualável do movimento transitório do astro rei em missão socorrista assistencial ao ocidente ou oriente, mas não deixando órfão, iluminando ainda que parcialmente pela luz argêntea da lua!

Práticas milenares educativas da Alma capacitam a seus adeptos o bom êxito no tentame através da ciência da respiração, e assim podem torná-los minimamente dependentes da aquisição de alimentos sólidos com que possam extrair as energias sutis que os mantêm agregados, coesos, existentes.

O cuidado com a existência humana perpassa indiscutivelmente pela incessante alimentação a seu corpo.

O perispírito é deficitário de energias densas de modo a sozinho garantir a existência ou estadia do seu proprietário vinculado ao corpo carnal; da interação de fluidos animais com os espirituais, magnéticos, é possível haver, por este arranjo momentâneo, vitalidade.

Desta forma, o alimento simboliza, como um patrono, a vida admiravelmente! Encerra um preceito místico reunindo os filhos do Pai em redor da mesa, em ato sagrado, de gratidão e alegria, como se fosse ele condição sine qua non à existência segundo nossa acanhada concepção, mas reputada e por vezes, quiçá, necessária a não nos tornarmos negligentes, e com trato de desídia, menosprezando a necessidade do trabalho, meio digno, justo e honrado para adquirir o pão de todo dia – carecido.

Emblema da vida material, o pão é o alimento ao corpo, sem dúvida, pois não há de precocemente deixar de corresponder aos anseios de estadia prolongada do seu hóspede ilustre.

Todavia, conquanto o Espírito alimente o seu veículo físico, carece de outros temas e motivos para viver evoluindo sem limite determinado.

Renomada banda de rock no Brasil, com muita felicidade e acerto, registrou em sua letra autoral que “A gente não quer só comida/A gente quer comida/Diversão e arte//”, link que nos remete ao emérito paracleto instrutor das Almas da Terra, sendo natural que Ele elucidasse com a devida divisão de águas, observando o paralelo das carências do corpo cujo alimento é material, e do Espírito que se nutre principalmente da presença da Divindade pela qual se conecta mediante o pensamento em louvor, gratidão e rogativa.

Deus, afinal, que provê a nutrição do corpo e do proprietário que àquele se vincula temporariamente, por meios diferentes e diversos.

Seraphim
Enviado por Seraphim em 25/01/2023
Código do texto: T7703645
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