Livramentos
Os olhos do Senhor estão sobre os justos; e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. Sal 34:15
A conduta em que haja caridade, é a que mais se aproxima da justa, admitindo-se haver outra que lhe suplante.
Caridade entendida em sentido integral, não somente aquela preconizada e limitada à doação de óbolos, caracterizando a gente pia ou esmoler.
Mas, a que se faça ou esteja presente nas relações interpessoais. É a prática enfim do amor teorizado.
Alçada à condição de lei, já não permite escolha; falta ao dever quem a não pratica.
Infelizmente, a nosso pesar, uma lei só é observada e levada a efeito e prática, mediante recurso de coação e consequências penais ao infrator.
Assim que a justiça se expressa naturalmente no exercício da caridade, de modo que justo e caridoso podem ser vocábulos equivalentes.
As leis naturais concernentes ao Espírito, conquanto sutis, somente reconhecidas pelo senso moral ativo, regulam, controlam, classificam naturezas de ações praticadas, convergem quanto divergem, sem que haja mistura ou assimilação de princípios contrários.
Disto resulta a infalível justiça divina que se faz presente em qualquer ocasião e contexto humano social.
Nenhum outro meio exista por que se possa salvaguardar a própria integridade – física e moral – em situações de extrema perturbação pondo em risco a existência nas insurreições, revoltas, desajustes, senão a ação no bem consoante a reta intenção de sua prática constante, que o pensamento confirme, sendo este antena magnética de conexão às estações sublimes em que emissários da caridade ou justiça divina cuidam na proteção e livramento, dando a cada um conforme o que pretenda, razão por que com muita justeza e beleza poética, o salmista afirma a presença dos olhos e ouvidos da Divindade sobre aquele que age e pensa no bem sem preferência de ambiente, dia nem ocasião.