A vida é efêmera(?)
M uitos dizem: A vida é efêmera!
Nossos entes queridos mudam deste plano a outro tão rápido, aproveitamos pouco e só ficamos com a triste memória da perda e da partida.
Será mesmo?
Se lembrarmos dos momentos gravados na memória, do tempo que tivemos ao lado daquele familiar, amigo, das alegrias que simbioticamente trocamos, dos desabafos e das presenças reconfortantes que juntos nos proporcionamos, veremos que não é assim tão efêmera.
E ainda existem os momentos que não nos permitimos viver, que poderiam ser ainda maiores e melhores nossas lembranças. É só lembrarmos do tempo em que poderíamos ter nos ofertado um ao outro e que por vezes, influenciados por incompreensões, questões triviais, desavenças banais, nos afastamos por horas (dias, meses, anos...décadas), veremos que de efêmera não tem nada!
Da mesma forma de como nos deleitamos com a saudosa memória de um fim de semana perfeito, de um maravilhoso lugar que conhecemos, de um show inesquecível, assim deveria ser o sentimento com aqueles que se foram. É lembrarmos dos momentos em que os minutos pareciam voar, horas que pareciam minutos, que parecia não existir tempo, que a presença, a troca mútua nos inebriava!
Muitos de nós ainda não nos apercebemos das oportunidades que perdemos quando ainda temos chance da presença física, dos momentos que por vezes deixamos escapar por entre os dedos.
No nosso íntimo sabemos que ainda há tempo de (re)fazermos histórias, de construirmos momentos que preencherão nossa memória e confortarão nossos corações, momentos que farão a diferença num futuro que desejamos distante.
Às vezes é preciso deixar de lado o orgulho que nos impede e nos dificulta o ato de pedir desculpas de desculpar, ou se desculpar, de substituir em nós as arrogâncias que vez por outra nos faz pensar erroneamente que estamos acima do outro. Sentimentos e atitudes que não acrescentam, e sim afastam a possibilidade da felicidade despretensiosa que a companhia um do outro proporcionaria. Pensar que se nos deixarmos ser comandados pela humildade, às vezes deixar que o outro seja “dono da verdade” (mesmo que não seja), somente pelo prazer de senti-lo ou fazê-lo feliz.
É tão fácil ser feliz. Basta não nos boicotarmos, nos privarmos conscientemente dela.
Sejamos felizes o quanto antes!