À SOMBRA DO BARUZEIRO
Me atenho ao dia, ao presente que passa...
Rompendo espaço, eis que vejo a estrela do dia abrilhantando o mundo e radiando calor sentido à superfície de corpos, vidas em matéria...
Contemplo o projeto magnífico com toda a funcionalidade e precisão que em ciclo perfeito, entre corpos astrais e a ampla camada com diversificação que a torna habitável, condizente para que vidas nela encene aos tempos, manifestem pra realidade por meio de ensejos, efeitos e feitos...
Observo árvores frutíferas que produzem ao tempo os resultados em seus ciclos, e elas ainda servem de abrigo para uma variedade de vidas que sobrevoam nos ares e nelas pousam e delas encontram base para impulso, a projeção...
Cursos d'água que abrigam submersa ao substancial uma diversidade de vidas que parecem atender um propósito longe de minha percepção ou compreensão meramente humana...
O mundo em sua amplitude, que habita uma numerosidade de vidas, que nele perambula por sobre as superfícies...
Meus olhos humanos se voltam para os caminhos e os obstáculos, e tudo, tudo parece ter um propósito único ao tempo e lugar, pras vidas que estão em manifesto ao presente...
Contemplo o abismo e busco compreender até a razão de ambientes com profundidades incalculáveis ou até inimagináveis à razão de minha compostura física que denota a pequenice física, diante da grandiosidade do mundo e o que se faz além dele...
E tudo, ainda que pareça um impasse ao entendimento humano, todas as coisas têm a sua finalidade, ensejo, propósito...
Aos feitos e efeitos!
Nisso, eis que avanço minha atenção à linha no horizonte, e sem poder romper além do que meus olhos físicos possam contemplar em matéria, eu visualizo imagens suscetíveis às ilusões de ótica que confundem minha perceptividade...
E abstendo do ensejo da materialidade, eu bloqueio por tempo a minha visão humana e permitindo que meu espírito se eleve em mente, como se pudesse transpor as nuvens, limites atmosféricos, sinto a impulsão da essência não especificamente física...
E das alturas observo com mais amplitude a obra perfeita do Criador...
À uma distância e altura bem considerável, a dimensão de mares e oceanos num ligamento com a expansiva camada atmosfera...
E como se fosse ao entendimento, com finalidade de impulsionar à funcionalidade em todas as coisas, os ciclos de ares que permitem e ocasionam o movimentar das águas que bailam aos níveis nas superfícies, conjuntura;
Em funcionalidade e precisamente concluindo a viabilidade, esses ares que proporcionam a permanência de vidas em tempo à realidade, onde referenciais vívidos constroem por linhas de fato, a passagem pelo mundo...
Com a face voltada às alturas, louvo ao Criador e sinto um fluxo que percorre por veias e ouço num compasso acelerar, os batimentos do coração, o que comprova ao presente, que não passo de um mero observador, uma testemunha imprescindível, o instrumento peculiar agraciado com o presente vida, concedido por Deus, Pai, para me situar ao tempo, mundo, estampa realidade!
JGWelbor