Um ser pairado no tempo: não duvida diante da sua própria ausência de desejar novos caminhos. Água parada não tem gosto nem cor, insípida e incolor. A dor irrevelada, a lágrima que não cai, o sopro pra dentro, o riso ferido. Um ser que não sabe ser rio - que não corre - não cai para se levantar. Temos um pouquinho de cada coisa dessa em determinadas fases que registram as nossas memórias, a nossa história. É infinito o resmungo da dúvida, e os caminhos: um labirinto dentro de nós. Porque o que está no mundo de fora é a brisa que carrega a folha seca, mas o que está no universo de dentro, isso sim, é solo fértil com espécies várias e sem nominação. Em cada estação: metaformoses várias e distintas. Somos múltiplos de tudo, e isso é desafiador!
Eu desejo, a você que lê estes meus embaraços, que duvide, que deseje novos caminhos para si mesmo, que sua lágrima escorra e caia, que você coloque pra fora todo o sopro que dentro de você sufoca, que seu riso seja curado, que você seja água corrente, que tenha labirintos e que sua busca por novos olhares seja infinita, assim como sua história pode ser interminável, porque quando transbordamos na busca nos eternizamos no tempo.