Um ser pairado no tempo: não duvida diante da sua própria ausência de desejar novos caminhos. Água parada não tem gosto nem cor, insípida e incolor. A dor irrevelada, a lágrima que não cai, o sopro pra dentro, o riso ferido. Um ser que não sabe ser rio - que não corre - não cai para se levantar. Temos um pouquinho de cada coisa dessa em determinadas fases que registram as nossas memórias, a nossa história. É infinito o resmungo da dúvida, e os caminhos: um labirinto dentro de nós. Porque o que está  no mundo de fora é a brisa que carrega a folha seca, mas o que está no universo de dentro, isso sim, é solo fértil com espécies várias e sem nominação. Em cada estação: metaformoses várias e distintas. Somos múltiplos de tudo, e isso é desafiador!

     Eu desejo, a você que lê estes meus embaraços, que duvide, que deseje novos caminhos para si mesmo, que sua lágrima escorra e caia, que você coloque pra fora todo o sopro que dentro de você sufoca, que seu riso seja curado, que você seja água corrente, que tenha labirintos e que sua busca por novos olhares seja infinita, assim como sua história pode ser interminável, porque quando transbordamos na busca nos eternizamos no tempo.

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 20/06/2022
Reeditado em 20/06/2022
Código do texto: T7541717
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